Os candidatos a prefeito de S�o Paulo Celso Russomanno (PRB) e Jos� Serra (PSDB) confirmaram nessa ter�a-feira o encontro entre o tucano e o coordenador da campanha do ex-deputado, Marcos Pereira. Embora n�o tenham usado a express�o “pacto”, ambos admitiram que a conversa ocorrida na sexta-feira demonstra a disposi��o de que n�o haver� “agress�o rec�proca” entre eles. Nessa ter�a-feira, o candidato do PRB elevou o tom das cr�ticas ao advers�rio do PT, o ex-ministro Fernando Haddad.
Russomanno admitiu na manh� dessa ter�a-feira, que o coordenador de sua campanha esteve com Serra na casa do prefeito de S�o Paulo, Gilberto Kassab (PSD), mas negou um “acordo de cavalheiros” com o tucano. “Houve esse encontro de fato, mas n�o existe um pacto entre n�s. N�o existe pacto nenhum”, afirmou, durante uma feira livre em Canga�ba, na zona leste.
Segundo o ex-deputado, Serra teria perguntado se o candidato do PRB poderia apoi�-lo num eventual segundo turno, se n�o conseguir se manter na vice-lideran�a da corrida eleitoral - o tucano negou o pedido e disse que isso “seria at� deselegante”.
Ofensiva
O ex-deputado tem dito em p�blico que pretende fazer uma campanha propositiva, sem ataques aos advers�rios. No entanto, ontem � tarde, em entrevista, Russomanno elevou o tom de suas declara��es. E o alvo escolhido foi o candidato do PT e os projetos da gest�o Haddad no Minist�rio da Educa��o (MEC), como o Enem e o kit anti-homofobia.
“Eu sou contra a forma como ele foi feito”, disse Russomanno, em rela��o ao projeto para combater a homofobia nas escolas que, ap�s press�o de setores religiosos, foi abortado pelo MEC. “N�o � dessa forma que voc� vai construir a sexualidade das pessoas. Deveria haver uma aula nas escolas sobre a sexualidade das pessoas, para haver preven��o.”
Ao falar sobre o Enem e qualidade do ensino, Russomanno defendeu que as escolas municipais tenham per�odo integral, mas a ado��o dessa pol�tica n�o pode ser feita “da noite para o dia”. “Seria uma loucura. Os professores n�o est�o preparados e n�s n�o temos estrutura para isso. O Haddad, especialista em educa��o, foi falar isso para os professores e foi vaiado.”
Impl�cito
Ao participar ontem de uma caminhada em Parelheiros, reduto petista no extremo sul de S�o Paulo, Serra confirmou o encontro com Pereira em uma “reuni�o de cortesia”. “N�o se falou (sobre um pacto de n�o agress�o). Naturalmente, est� impl�cito: se voc� conversa com algu�m, n�o h� disposi��o de agress�es rec�procas”, explicou o tucano.
Apesar de seus aliados admitirem em conversas reservadas que preferem enfrentar Russomanno no segundo turno - e n�o Haddad -, Serra desconversou. “Eu n�o vou dizer com quem eu me sentiria mais ou menos confort�vel (no segundo turno). Eu vou me sentir confort�vel se ganhar a elei��o”, afirmou.