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Estado de Minas

Piv� do mensal�o, Roberto Jefferson n�o assistiu � transmiss�o


postado em 02/08/2012 19:08 / atualizado em 02/08/2012 19:13

O presidente nacional do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, tem um tipo de c�ncer de p�ncreas raro, que corresponde a menos de 2% dos casos diagnosticados da doen�a, mas de mais f�cil tratamento. A previs�o � de que ele deixe o Hospital Samaritano no domingo e comece a fazer quimioterapia em quatro a seis semanas. Jefferson n�o est� impedido pelos m�dicos de ir a Bras�lia, se necess�rio.

Piv� do esc�ndalo do mensal�o, que denunciou em junho de 2005, ele tem acompanhado o notici�rio sobre o julgamento a partir de relatos dos seus assessores. Nesta quinta, passou a maior parte da tarde dormindo e n�o assistiu � transmiss�o da sess�o do Superior Tribunal Federal.

Foi o cirurgi�o Jos� de Ribamar Saboia de Azevedo quem mostrou as primeiras reportagens sobre o julgamento para Jefferson, na ter�a-feira, apesar de a fam�lia preferir preserv�-lo. Roberto Jefferson riu, contou o m�dico. "� importante a pessoa se reintegrar � sociedade. Ele � um homem destacado nesse delicado momento da pol�tica do Brasil para ficar afastado das informa��es".

O ex-deputado tem o c�ncer chamado de carcinoma coloide, que se desenvolveu dentro do ducto do p�ncreas. O tumor atingiu 4,9 cent�metros. Dentro dele, o patologista Vilhermo Torres diagnosticou um foco de c�ncer maligno de 1,4 cent�metros.

"� um tumor maligno dentro de uma les�o benigna, com uma configura��o mais amig�vel, o que configura um progn�stico melhor", afirmou o oncologista Daniel Tabak. N�o h� na literatura m�dica estudos sobre o tratamento ideal para esse tipo de c�ncer, que tem cura em mais de 60% dos casos. Tabak e a equipe optaram por oferecer a mesma quimioterapia indicada para os pacientes que t�m adenocarcinomas - c�ncer de p�ncreas mais agressivo, em que menos de 20% dos pacientes est�o vivos ao fim de dois anos.

Jefferson receber� o quimioter�pico gencitabina semanalmente por seis meses. Ele n�o precisar� ficar internado. O medicamento � menos t�xico e n�o produz os efeitos mais conhecidos da quimioterapia, como a perda de cabelo e a baixa imunidade.

O ex-deputado se recupera bem da opera��o, em que os m�dicos precisaram desfazer a cirurgia bari�trica a que foi submetido em 2000. Ele teve o est�mago reconstitu�do. Depois, foi retirada parte do est�mago, p�ncreas, duodeno e canal biliar. Jefferson est� sem soro, sem medica��o intravenosa e se alimenta normalmente. Ele caminha pelo corredor e disse aos m�dicos ter feito alongamento.

Embora Roberto Jefferson esteja internado desde quinta-feira da semana passada no Samaritano, o blog e o twitter do ex-deputado continuam em plena atividade. Nesta quinta, o julgamento do mensal�o foi um dos coment�rios. "Ser� um m�s longo, de exalta��o ou vel�rio da democracia. M�s para mostrar que o STF tem liberdade, independ�ncia e principalmente coragem", dizia uma das publica��es do twitter. Jefferson n�o tem orientado a equipe respons�vel pelo blog mas, segundo sua assessoria, os profissionais trabalham h� muitos anos com o presidente do PTB e por isso j� t�m autonomia para atualizarem o blog. Dois dias antes do in�cio do julgamento, o presidente do PT, Rui Falc�o, foi o alvo do blog e do twitter de Jefferson. "Rui Falc�o, presidente do PT, pediu solidariedade aos petistas e falou que n�o � o partido que est� sendo julgado. �s v�speras do julgamento, o PT parece estar se preparando n�o s� para as elei��es, mas tamb�m para jogar companheiros ao mar... mais uma vez", escreveram.

No processo do mensal�o, Jefferson � acusado de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro, por ter recebido, em 2004, R$ 4 milh�es do PT. O ex-deputado se diz inocente e argumenta que acreditava que os recursos tinham origem l�cita. Afirma ainda que o dinheiro � fruto de um acordo com o comando do PT e se destinava �s campanhas do PTB nas elei��es municipais daquele ano. A assessoria do ex-deputado informou, na tarde de quinta, que ele n�o estava acompanhando a transmiss�o do julgamento na TV nem na internet e que dormiu a maior parte da tarde.


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