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Estado de Minas

Desembargador investigado por envolvimento com Carlinhos Cachoeira


postado em 15/08/2012 06:00 / atualizado em 15/08/2012 08:50

Relat�rio sigiloso da Pol�cia Federal enviado no m�s passado para o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Regi�o, em Goi�s, aponta ind�cios do envolvimento do desembargador J�lio C�sar Cardoso de Brito com o bicheiro Carlos de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Assinado por dois agentes da PF e encaminhado pelo delegado federal Matheus Rodrigues ao presidente do TRT, desembargador M�rio S�rgio Bottazzo, o documento faz uma an�lise do material apreendido na casa de Gleyb Ferreira da Cruz, um dos principais auxiliares de Cachoeira, s�cio dele em algumas empresas e apontado pela PF como um dos operadores financeiros do esquema comandado pelo contraventor.

De acordo com o relat�rio, foi analisado o conte�do de um notebook, um caderno, uma agenda e um celular apreendidos em 29 de fevereiro. Tanto no caderno quanto na agenda foram encontradas anota��es a respeito da compra de passagens �reas para o desembargador J�lio C�sar Cardoso e para a mulher dele, em pelo menos duas datas, em fevereiro, possivelmente uma viagem para Miami (EUA), e em junho para a Argentina.

No computador foram localizadas diversas fotos do desembargador ao lado de Gleyb e do irm�o de Cachoeira, Marco Ant�nio de Almeida Ramos, em jantares e viagens ao exterior. E via celular, segundo a PF, foram encontradas cerca de 300 mensagens trocadas entre Gleyb e o desembargador. Nessas mensagens, os dois conversam sobre as viagens e sobre processos envolvendo os laborat�rios Vitapan e Neoqu�mica, que teriam liga��o com o esquema do contraventor. Em uma delas, o desembargador cobra um iPad de algu�m ligado ao esquema que estava indo para fora do Brasil. Nelas ele tamb�m se refere a Cachoeira como “cabe�a” e marca encontros com ele, via Gleyb.

O nome do desembargador j� havia sido citado nas escutas telef�nicas da Opera��o Monte Carlo. Nessas conversas, ele orienta advogados do grupo de Cachoeira sobre como proceder nos processos trabalhistas de interesse do contraventor. Nessas conversas, ele discute a��es trabalhistas do laborat�rio Vitapan, da ex-mulher de Cachoeira, Andrea Apr�gio, e da distribuidora de medicamentos e da Ideal Seguran�a, ambas ligadas ao bicheiro.

INVESTIGA��O Por unanimidade, o TRT de Goi�s decidiu abrir, em 12 de julho, um processo disciplinar para investigar as den�ncias contra J�lio C�sar de Brito, que foi afastado temporariamente do cargo de desembargador, da vice-presid�ncia do tribunal e da corregedoria. O relator do caso � o desembargador Paulo Pimenta, escolhido por sorteio, como determinam as regras do Conselho Nacional de Justi�a (CNJ).


Brito n�o foi localizado pela reportagem para comentar o relat�rio. Em sua defesa, ele negou qualquer tipo de recebimento de vantagens, disse que nunca atuou nos processos de interesse de Cachoeira e afirmou ainda que mantinha rela��es sociais com Gleyb e que n�o eram amigos �ntimos.


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