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Estado de Minas

Dirceu refor�a defesa no STF

Advogado do ex-ministro, acusado de forma��o de quadrilha e corrup��o ativa, tenta minimizar provas testemunhais


postado em 04/09/2012 06:00 / atualizado em 04/09/2012 06:50

José Dirceu é apontado pelo procurador geral da República, Roberto Gurgel, como o chefe da quadrilha(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 2/5/11 )
Jos� Dirceu � apontado pelo procurador geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, como o chefe da quadrilha (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 2/5/11 )
O advogado do ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu, Jos� Lu�s Oliveira Lima, protocola hoje no Supremo Tribunal Federal um novo memorial contestando as recentes alega��es do procurador-geral da Rep�blica validando as provas colhidas extrajudicialmente. Na tese do documento, o advogado afirma que muitos dos r�us ou testemunhas que citaram o nome de Jos� Dirceu em depoimentos informais – na CPI ou na Pol�cia Federal – mudaram suas vers�es quando instadas a depor em ju�zo. E que esses s�o os depoimentos que devem ser levados em conta no julgamento.

O exemplo citado ao Estado de Minas � o da mulher de Marcos Val�rio, Renilda Maria Santiago Fernandes de Souza. Em um primeiro momento, ela disse que os contratos e os empr�stimos relacionando a ag�ncia SMP&B e o PT tinham sido intermediados por Dirceu. J� no depoimento dado � Justi�a, ela corrigiu a informa��o, atribuindo as responsabilidades ao ent�o tesoureiro do PT, Del�bio Soares.

A estrat�gia da defesa � clara. Como n�o existem provas concretas do envolvimento do ex-chefe da Casa Civil no mensal�o, o esfor�o de Jos� Lu�s � minimizar o peso das chamadas provas testemunhais. Enquadrado no grupo chamado de n�cleo pol�tico do mensal�o, Dirceu � apontado tanto pelo ex-procurador-geral da Rep�blica Antonio Fernando de Souza quanto pelo atual, Roberto Gurgel, como o “chefe da quadrilha”.

Os criminalistas tamb�m ficaram surpresos com uma recente entrevista concedida por Gurgel, refor�ando as dificuldades para imputar responsabilidades ao ex-chefe da Casa Civil. O procurador reconheceu que as provas contra o petista s�o t�nues, mas completou que, em situa��es como essas, s�o naturais as dificuldades, pois organizadores desses tipos de crime normalmente n�o deixam vest�gios. “Se ele considera as provas t�nues, por que n�o admite logo que n�o tem como provar o envolvimento do Z� Dirceu e pede a absolvi��o?”, questionou um aliado do ex-ministro.

A �ltima semana tamb�m n�o foi muito f�cil para os planos do ex-ministro. A condena��o de Jo�o Paulo Cunha (PT-SP) por lavagem de dinheiro caiu como uma bomba no staff de Dirceu. As acusa��es de peculato e corrup��o passiva contra o ex-candidato do PT � Prefeitura de Osasco eram um risco com os quais os advogados j� contavam, principalmente pelos R$ 50 mil recebidos por Jo�o Paulo sob a alega��o de contrata��o de uma pesquisa de inten��o de votos.

Mas lavagem de dinheiro era um crime muito et�reo na opini�o do n�cleo pol�tico do PT. Mesmo assim, Jo�o Paulo foi condenado, embora com um placar mais apertado: 6 a 4, o que permite um recurso no pr�prio Supremo, o chamado embargo infringente. O placar dilatado nas outras condena��es – 9 a 2 – tamb�m assustou os aliados de Dirceu. “Perder tudo bem, mas tantos votos favor�veis � condena��o gera progn�sticos sombrios para os futuros julgamentos”, disse uma pessoa ligada ao ex-ministro.

Elei��es Dirceu fez quest�o de ligar para o ex-presidente da C�mara t�o logo a senten�a foi proclamada pelo STF. O ex-chefe da Casa Civil gosta de Jo�o Paulo, trabalhou intensamente para que ele fosse eleito presidente da C�mara nos dois primeiros anos de governo de Luiz In�cio Lula da Silva. Dentro do PT, ambos militam na mesma tend�ncia, a Construindo um Novo Brasil (CNB).

Dirceu tamb�m intensificou os contatos com o ex-presidente Lula. Eles j� se falavam com frequ�ncia, mas a comunica��o tornou-se mais constante nos �ltimos dois meses, na imin�ncia do julgamento do mensal�o. Al�m de discutirem os rumos do julgamento no STF, eles debatem a conjuntura pol�tica atual e as dificuldades que o PT enfrenta nas elei��es municipais.


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