Marta Suplicy assumiu nessa quinta-feira o Minist�rio da Cultura, em cerim�nia no Pal�cio do Planalto, com o discurso de unificar a pasta. Ela fez quest�o de destacar o tr�nsito com deputados e senadores e mostrar que tem traquejo pol�tico para destravar projetos da pasta emperrados no Congresso Nacional. A antecessora, Ana de Hollanda, foi criticada durante os 20 meses em que exerceu o mandato por, entre outras fragilidades, conhecer o tema, mas n�o ter experi�ncia pol�tica para comandar o minist�rio.
A pasta teve 65% de aumento nos recursos do or�amento para 2013 na compara��o com o deste ano. O n�mero foi citado pela presidente Dilma Rousseff na cerim�nia de posse. Dilma afirmou que ser�o R$ 3 bilh�es no pr�ximo ano para a pasta, que poder�o ser somados a outros R$ 2,1 bilh�es mobilizados pelas leis de incentivo. “Trata-se de um aumento de 65% em rela��o a 2012, um legado importante que Ana de Hollanda deixou para Marta Suplicy”, disse.
A presidente disse no discurso que todos os gestores querem mais recursos e que ela n�o tem d�vidas de que merecem mais, mas que o governo j� tem feito muito. Ela lembrou ainda que ser� investido R$ 1 bilh�o no Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) das Cidades Hist�ricas.
“Quero agradecer, e fa�o isso de cora��o, aos meus colegas senadores, pela aprova��o ontem (quarta) da PEC do Sistema Nacional de Cultura. Isso ajudar� na sinergia da pol�tica cultural nas tr�s esferas federativas", comemorou. A iniciativa cria a possibilidade de Uni�o, estados e munic�pios articularem de forma conjunta projetos para a �rea por meio de conselhos, fundos e outros mecanismos que permitam a participa��o de artistas. A nova ministra foi relatora da proposta no Senado.Marta aproveitou tamb�m o espa�o para fazer um apelo aos deputados, para aprovarem o Vale Cultura, projeto que populariza o acesso a teatros e cinemas, em tramita��o na Casa desde 2009. "Vou fazer um pedido aos companheiros da C�mara: vamos ter o mesmo empenho na aprova��o do Vale Cultura. Acredito que far� uma revolu��o na vida povo brasileiro", pediu.
Com uma passagem pela Esplanada — ela foi ministra do Turismo entre 2007 e 2008 —, Marta reconheceu que n�o domina os assuntos da nova pasta e disse que ainda precisar� se ambientar para come�ar a trabalhar. “� extenso o trabalho que eu vou ter para ouvir todo mundo e tomar minhas posi��es. Isso que eu me proponho neste momento: escutar´”, disse. “Minha posi��o � de humildade”, completou.
O setor aprovou a troca de Ana de Hollanda por uma ministra com tr�nsito no Congresso. O diretor de teatro Jos� Celso Martinez j� fez pedidos � petista. “A Marta � poderosa, tem pulso, tem for�a pol�tica, j� agradeceu o Senado pela aprova��o da mat�ria e cobrou o Vale-Cultura da C�mara. J� conversei com ela sobre a proposta do Teatro-Est�dio em S�o Paulo para a Copa de 2014 e ela me prometeu que vai fazer”, contou. Ainda assim, ele minimizou as dificuldades enfrentadas pela antecessora na pasta. “A Ana n�o tinha essa for�a, mas a culpa � da Dilma, que a colocou l� sabendo que ela n�o consegue dominar o PT. A Marta consegue”, garantiu.
Carta
A gota d’�gua que levou � demiss�o de Ana de Hollanda foi uma carta que ela enviou � ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reclamando da falta de recursos para o minist�rio. Na discurso de despedida, ontem, durante a cerim�nia de posse de Marta Suplicy, ele minimizou o epis�dio “A ministra Miriam Belchior se sensibilizou pela demanda da �rea da cultura, que � muito grande. O aumento do nosso or�amento foi consider�vel, chegando a um patamar nunca antes alcan�ado”, disse. (Com ag�ncias)