Moradores de Ewbank da C�mara, na Zona da Mata, ficaram uma semana sem posto de sa�de e escola. As obras pararam e os funcion�rios da prefeitura n�o receberam o sal�rio em dia. Isso tudo por causa de uma briga entre o Executivo e Legislativo municipal. O prefeito, Paulo Mendes Soares (PSC), alega n�o ter dinheiro em caixa para cumprir as obriga��es b�sicas. A solu��o seria a suplementa��o de R$ 2 milh�es no or�amento, medida que enfrenta resist�ncia entre os vereadores com a justificativa de que a prefeitura n�o detalhou o destino dos recursos solicitados. Enquanto isso, os habitantes de Ewbank temem mais uma paralisa��o. O prefeito decretou situa��o de emerg�ncia anteontem e os servi�os voltaram a funcionar ontem.
O vice-prefeito, Jos� Maria Nonato (PSC), candidato � prefeitura, explicou que foram feitos alguns ajustes tempor�rios no or�amento, mas alega que como o dinheiro � insuficiente uma nova proposta ser� enviada � C�mara. Ele acusou os vereadores de agirem eleitoralmente. Segundo Jos� Maria, todo ano, a C�mara aprova o cr�dito suplementar. “Os vereadorer pediram que n�s mand�ssemos quanto seria usado em cada setor e n�s mandamos. Mesmo assim, eles negaram por duas vezes a proposta. N�o tivemos dinheiro nem para fazer o anivers�rio de 50 anos da cidade completados em 1º de setembro. Tamb�m n�o fizemos a festa no 7 de Setembro que tem todos os anos”, observou o vice-prefeito.
Do outro lado, o vereador da oposi��o Cust�dio Ferreira Martins (DEM), argumenta que o detalhamento solicitado n�o foi enviado � C�mara. “O vereador � um fiscal”, justificou. Ele alegou que em todo ano a prefeitura pede um cr�dito menor, de 15%, em novembro. “Ele (o prefeito) mandou esse projeto e pediu urg�ncia, n�o deu prazo de a gente estudar”, ressaltou, garantindo que a decis�o n�o foi pol�tica. Para ele, a atitude do prefeito, que apoia seu vice nas elei��es, � que foi eleitoreira. O pedido do Executivo foi rejeitado na C�mara por cinco votos a tr�s.
Al�m das escolas municipais e creches terem sido fechadas, nas unidades b�sicas de sa�de funcionaram apenas os atendimentos de urg�ncia e emerg�ncia. As outras atividades, como distribui��o de medicamentos pelo SUS, o servi�o de fisioterapia, que atende cerca de 40 pessoas por dia, e as consultas foram suspensas.
Preju�zo
A balconista Ana Creuza Rodrigues reclamou que estava com uma consulta com a ginecologista marcada na segunda-feira mas n�o foi atendida. O comerciante Francisco Elias Abreu alega que est� amargando preju�zo. “As pessoas ficaram com medo de comprar sem saber o que vai acontecer”, ressaltou, lembrando que os servidores p�blicos tiveram os sal�rios atrasados. J� a comerciante Maria Aparecida Ferreira da Silva observou que as obras de reforma dos passeios e de cal�amento de uma rua pr�ximo ao bar onde trabalha tamb�m pararam. “Isso � uma absurdo. N�s ficamos nas m�os deles”, lamentou.