Haddad defende julgamento do 'mensal�o do PSDB'

O candidato � Prefeitura de S�o Paulo pelo PT, Fernando Haddad, afirmou neste s�bado que o julgamento do Mensal�o, que est� ocorrendo no Supremo Tribunal Federal (STF), constrange a toda a classe pol�tica e que espera que aconte�a puni��o a quem errou, mas que a Justi�a deve ir at� o fim em todos os casos e n�o apenas em rela��o ao PT. "O mensal�o do PSDB � muito anterior, � de 1998", afirmou em entrevista ao jornal SPTV, da Rede Globo. Segundo Haddad, h� um risco de prescri��o desses crimes em fun��o da data em que eles foram cometidos.

Para Haddad, "desde que todos sejam julgados, garantindo o amplo direito de defesa e punidos de acordo com o que fizeram", as institui��es brasileiras sair�o fortalecidas. "Agora, se a Justi�a se fizer para uns e n�o para outros, penso que a democracia vai sair enfraquecida", afirmou. Haddad insistiu que o esquema operado pelo empres�rio Marcos Val�rio come�ou em Minas Gerais, durante a gest�o tucana no governo daquele Estado, e que esse caso tamb�m deveria estar sendo julgado. "N�s n�o podemos seguir o princ�pio: aos inimigos, a lei, e aos amigos, tudo. Vamos colocar o Pa�s a limpo", afirmou.

O candidato tamb�m comentou declara��es do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva de que o Mensal�o n�o existiu. "O presidente Lula est� fazendo refer�ncia a um aspecto, que � a quest�o da coaliza��o da base aliada. Na vis�o dele, n�o � razo�vel imaginar que um parlamentar do PT precisasse receber recursos para votar junto com o governo".

Mesmo ao responder sobre os problemas com as provas do Enem quando ele comandava a pasta da Educa��o, Haddad n�o deixou de provocar o PSDB e o candidato � Prefeitura Jos� Serra. Ao lembrar que, no caso do vazamento da prova do Enem em 2009, o minist�rio da Educa��o foi v�tima de um crime e que o criminoso foi identificado, julgado e punido com cinco anos de cadeia, ele provocou: "Eu gostaria que a oposi��o, ao inv�s de criticar, se solidarizasse comigo. Imagine, na cratera do Metr�, se fosse identificado um sabotador? N�s ir�amos nos solidarizar com o Jos� Serra, que era o governador � �poca", disse, lembrando do acidente que matou sete pessoas em 2007. "Mas que aconteceu l� foi um erro, foi homic�dio culposo", disse Haddad.

Tamb�m ao falar sobre suas propostas para o transporte, sobraram farpas contra o candidato do PSDB. "A administra��o Serra/Kassab abandonou o transporte p�blico e mesmo o Metr� est� parado. Faz tr�s anos que n�o tem um 'tatuz�o' escavando o subsolo de S�o Paulo", disse o candidato do PT, completando que a linha 5 continua parada e que a linha 6 sequer foi licitada. "Eles (a campanha de Serra) ficam anunciando planos de papel que n�o saem e que n�o s�o entregues."

Haddad respondeu ainda a cr�ticas de que a gest�o de Marta Suplicy � frente da prefeitura - da qual foi secret�rio de Finan�as e Desenvolvimento Econ�mico - n�o investiu um centavo em obras do Metr�. "Fomos ao governo do Estado e oferecemos recursos da Opera��o Faria Lima em troca de algumas esta��es. E o governo recusou a oferta. N�o queremos repassar recursos para o Metr� para aplicar no mercado financeiro", criticou mais uma vez. Segundo Haddad, dinheiro novo precisa de um novo cronograma de obras. "N�o d� para ter esse ritmo tucano de entregar obras", cutucou mais uma vez.