Desafios de Paes s�o menos graves que h� quatro anos, avalia cientista pol�tico

Os desafios que o prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, enfrentar� no segundo mandato s�o “um pouco menos graves” do que teve em sua primeira gest�o, avaliou neste domingo o cientista pol�tico Jairo Nicolau, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “O Rio que ele encontrou quatro anos atr�s era pior que o que ele est� recebendo agora, n�o s� pelas raz�es da gest�o dele, mas por fatores econ�micos da cidade e a mudan�a no tema da seguran�a p�blica. O Rio de Janeiro vive hoje um momento melhor”, disse.

Ele advertiu, entretanto, que os temas mais graves observados na primeira administra��o de Paes se repetem, os relativos � sa�de b�sica e o transporte. “S�o os dois maiores problemas em que um prefeito pode ter uma a��o direta”. Nicolau observou que o desemprego, o racismo e a desigualdade social s�o temas fundamentais para o Brasil, mas sobre os quais o prefeito tem pouca inger�ncia. “Mas transporte e sa�de b�sica, n�o”. Segundo ele, a sa�de, em especial, cuja rede de hospitais � muito antiga, � um tema decisivo para a cidade.

Nicolau disse que a gest�o do munic�pio para os grandes eventos esportivos, com destaque para as Olimp�adas de 2016, est� bem encaminhada. Talvez, disse o cientista pol�tico, esse tenha sido um dos t�picos centrais da vota��o obtida por Paes. “Parte da popula��o via como um risco uma interrup��o nesse processo com um novo prefeito e outra for�a pol�tica”.

Na opini�o de Jairo Nicolau, a vit�ria de Eduardo Paes “foi muito consistente”. Segundo Nicolau, nenhum candidato a prefeito do Rio teve uma vota��o semelhante. “Mesmo a zona sul, que tinha virado as costas para ele na �ltima elei��o, ele recuperou agora. Se bobear, vai ter uma maioria mais folgada (na C�mara) para gerir a cidade. Ele sai fortalecido, como uma lideran�a no estado”.