O candidato do PT � Prefeitura de S�o Paulo, Fernando Haddad, disse que pretende buscar neste segundo turno o apoio dos partidos da base aliada do governo Dilma Rousseff que n�o estiveram aliados � sua candidatura no primeiro turno, entre eles o PMDB de Gabriel Chalita, e o PRB de Celso Russomanno. "� natural que n�s, com muito respeito, busquemos o apoio desses partidos", disse o candidato durante entrevista coletiva em um hotel da zona sul da Capital paulista.
Questionado sobre os atritos com Celso Russomanno durante a campanha, principalmente em rela��o � proposta do candidato do PRB sobre o novo sistema de tarifa��o de �nibus, Haddad minimizou o debate. "Discuti minhas ideias democraticamente. N�o vejo raz�o para que isso seja um obst�culo para um poss�vel entendimento."
Haddad contou que recebeu os telefonemas da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e que se emocionou com as liga��es. Haddad reconheceu que a participa��o de Dilma "foi expressiva no primeiro turno" e que eventuais participa��es da presidente no segundo turno v�o depender de sua disponibilidade. Haddad revelou tamb�m que recebeu outros "telefonemas importantes" nesta tarde, mas n�o quis revelar quem ligou para ele.
O candidato ressaltou seu crescimento de 3% iniciais para quase 29% e disse que o bom resultado das urnas � uma vit�ria para a campanha e que por isso n�o � o momento de discutir seus erros. "O momento � mais de celebrar as decis�es corretas do que celebrar os eventuais erros", disse o candidato que amanh� j� se reunir� com a coordena��o de campanha para discutir a estrat�gia para o segundo turno. O candidato disse tamb�m que n�o ficou surpreso com sua vota��o.
Haddad evitou comentar a escolha de seu advers�rio de segundo turno, o tucano Jos� Serra. "N�o me cabe aqui discutir a decis�o que o povo tomou."
O candidato ressaltou que pretende manter nesta segunda etapa da elei��o o mesmo comportamento que teve no primeiro, com uma campanha "limpa e propositiva". Intitulando-se o candidato da mudan�a, Haddad disse que discorda da maneira como Serra faz pol�tica e que pretende discutir apenas as quest�es relacionadas � cidade.
Para o candidato, o resultado do pleito mostra que o PT "� uma institui��o forte" da democracia e que n�o o incomoda falar sobre mensal�o quando questionado. Ele lembrou que o assunto j� foi abordado durante o primeiro turno e que deve continuar sendo tema de questionamento da imprensa. "Quem aguentou 45 dias, aguenta mais 21 (de perguntas)."