O candidato do PT � Prefeitura de S�o Paulo, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 12, que seu advers�rio tucano, Jos� Serra, tenta trazer � elei��o municipal o debate sobre o kit anti-homofobia, editado quando o petista comandava o Minist�rio da Educa��o, com o objetivo de criar uma "cortina de fuma�a" para desviar o debate sobre a gest�o de Gilberto Kassab (PSD), que apoia o tucano.
Em v�deo distribu�do na quinta-feira, 11, o pastor da Assembleia de Deus Vit�ria em Cristo, Silas Malafaia, apoiador de Serra, voltou a relacionar Haddad ao kit anti-homofobia, apelidado de "kit gay" por setores evang�licos. Segundo Malafaia, Haddad "deu grana para ativistas gays fazerem esse lixo moral para ensinar homossexualismo (nas escolas)". O material acabou vetado pela presidente Dilma Rousseff a pedido da bancada evang�lica.
Ap�s participar de missa na Obra Social Dom Bosco de Itaquera, zona leste, em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, comandada pelo padre Rosalvino Mor�n Vi�ayo, Haddad afirmou que n�o assistiu ao v�deo de Malafaia, mas disse ter certeza de que Serra estaria por tr�s da iniciativa. Na ter�a-feira, 9, ap�s se reunir com o tucano, Malafaia disse que ia "arrebentar" o petista.
"Tudo isso a� � o Serra. Ele fez isso com a Dilma (na campanha presidencial de 2010), ele vai fazer isso comigo. Ele tem um ex�rcito na rede social que promove o �dio. � a mesma estrat�gia de 2010. S� que deu errado. O que ele (Serra) tinha que entender � que esse tipo de pr�tica vai dar errado", afirmou o petista.
Haddad, de forma��o crist� ortodoxa, estava acompanhado do candidato derrotado do PMDB, Gabriel Chalita, que o apoia no segundo turno. Ex-coroinha, Chalita tem bom tr�nsito na Igreja Cat�lica e trabalha para conseguir votos para Haddad nessa seara.
Durante a maior parte do culto, Haddad, que em seus discursos tem enfatizado a necessidade de separar pol�tica e religi�o, manteve uma posi��o r�gida, com o semblante fechado e as m�os cruzadas � frente do corpo, enquanto sua mulher, Ana Estela, e Chalita, ambos � vontade, cantavam hinos cat�licos e agitavam os bra�os. Ao final, o petista rezou um pai nosso e comungou.
Questionado por jornalistas, Haddad negou que sua presen�a na missa contrarie seu discurso em defesa do Estado laico. O petista disse que, desde o in�cio da campanha, tem participado de cerim�nias de v�rias religi�es, como a solenidade mu�ulmana do fim do Ramad� e uma visita a uma sinagoga para celebrar o ano novo judaico. "Acho importante para a cidade a sinaliza��o de que o poder p�blico vai respeitar a f� do povo, qualquer que seja ela", disse.