(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

PT e PMDB usam 2� turno como pr�via para repetir alian�a


postado em 14/10/2012 08:14

A presidente Dilma Rousseff quer reeditar a alian�a com o PMDB em 2014, quando pretende concorrer a um segundo mandato. A estrat�gia para o novo casamento come�ou a ser constru�da em S�o Paulo, com o apoio do PMDB ao candidato do PT � Prefeitura, Fernando Haddad, e j� virou prioridade em outras pra�as. Com o radar voltado para a montagem de um palanque nacional pr�-Dilma, a meta dos dois partidos � isolar o PSDB e dar um sinal de alerta ao PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que se movimenta para assumir posi��o de destaque no jogo de 2014.

O mapa pol�tico indica que o PT ter� o PMDB ao seu lado em pelo menos 10 das 22 cidades onde disputa o segundo turno. Nelas, h� um universo de 11,9 milh�es de eleitores que os petistas pretendem conquistar no pr�ximo dia 28 com o apoio do aliado.

At� agora, os principais acordos do PMDB para a segunda etapa da elei��o foram costurados pelo vice-presidente Michel Temer, licenciado do comando do partido, com uma t�tica que vai al�m da dobradinha para as prefeituras. Na pr�tica, Dilma, Temer e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva trabalham para a constru��o de parcerias mais amplas com a base aliada, de olho nas disputas aos governos estaduais e ao Pal�cio do Planalto, daqui a dois anos. A ofensiva pretende avan�ar sobre os dom�nios do senador A�cio Neves (PSDB-MG), prov�vel advers�rio de Dilma em 2014, derrotar o tucano Jos� Serra em S�o Paulo e impedir Campos de al�ar voo pr�prio.

Embora setores do PT defendam reservadamente a volta de Lula, a tend�ncia � a candidatura de Dilma. “A �nica possibilidade de eu voltar ao governo seria se Dilma n�o quisesse se reeleger. N�o posso permitir que um tucano volte a governar”, disse o ex-presidente, em maio, no Programa do Ratinho, transmitido pelo SBT. Lula n�o mudou de ideia desde ent�o. At� hoje, repete o mantra a dirigentes de partidos.

Em S�o Paulo, Lula e Temer fecharam o acordo que selou o apoio de Gabriel Chalita, candidato derrotado do PMDB, � campanha de Haddad, contra Jos� Serra (PSDB). O PMDB nega moeda de troca eleitoral, mas o pacote da ades�o prev� a transfer�ncia do deputado Chalita para um minist�rio. Ele dever� ganhar um cargo na Esplanada quando Dilma fizer a reforma na equipe, no in�cio de 2013, levando em conta a nova configura��o das urnas. Chalita j� gravou mensagem para Haddad na propaganda de TV. Sua miss�o, agora, � atrair votos dos cat�licos.

Exig�ncia

O presidente do PMDB paulista, Baleia Rossi, admite que o pano de fundo para a uni�o com o PT nos embates municipais � a sucess�o no Planalto. “Nosso projeto � nacional. Temos como objetivo manter essa alian�a vitoriosa”, afirmou Rossi. “A primeira exig�ncia na costura das parcerias pelo Estado � o apoio � candidatura de Dilma, em 2014”, emendou o presidente do PT de S�o Paulo, Edinho Silva.

O PMDB controla hoje 5 dos 39 minist�rios (Minas e Energia, Previd�ncia, Agricultura, Turismo e Assuntos Estrat�gicos), mas avalia que precisa de pastas com mais visibilidade pol�tica. Al�m disso, os n�meros mostram que o partido de Temer � mais fiel do que o PT e seu principal parceiro em S�o Paulo, o maior col�gio eleitoral do Pa�s.

Com finalistas para o segundo turno em 16 cidades, que re�nem 5 7 milh�es de eleitores, o PMDB conta com apoio dos petistas em apenas cinco (Sorocaba, Florian�polis, Campina Grande, Guaruj� e Volta Redonda). O n�mero, por�m, pode crescer, pois o PT ainda n�o se posicionou em Joinville, Cariacica e Uberaba.

Em Natal, os petistas n�o se uniram ao candidato do PMDB, Hermano Morais, e decidiram dar “apoio cr�tico” ao concorrente do PDT, Carlos Eduardo Alves. A capital do Rio Grande do Norte integra uma lista de pelo menos 16 cidades onde o PT e o PMDB est�o em campos opostos, mas n�o necessariamente com candidatos em confronto direto.

“A campanha em Natal ter� a neutralidade de Dilma e de Lula. N�s agradecemos muito esse gesto”, disse o deputado Henrique Eduardo Alves, presidente do PMDB-RN e l�der do partido na C�mara. Alves � primo de Carlos Eduardo, mas ambos est�o rompidos. Em fevereiro, Alves dever� assumir a presid�ncia da C�mara. E o comando do Senado pode voltar �s m�os de Renan Calheiros (PMDB-AL), que renunciou ao cargo, em 2007, acuado por uma s�rie de den�ncias.

Dilma avisou aos parlamentares do PT que o acordo feito com o PMDB para dar ao partido de Temer a dire��o das duas Casas ter� de ser cumprido. “N�s temos palavra”, afirmou a presidente, mandando recado aos petistas insatisfeitos. “A fotografia de hoje � essa, muito n�tida. Se vai mudar eu n�o sei, mas tudo indica que o retrato ser� o mesmo”, previu Alves.

Fichas

Apesar de presidir o PSB, partido que mais cresceu at� agora nas elei��es, Eduardo Campos nega que suas articula��es sejam para enfrentar Dilma. Enciumado, o PMDB avalia que o governador quer desbancar Temer da vice, em 2014, para se lan�ar ao Planalto, em 2018. Nos bastidores, o coment�rio � de que Campos “joga com fichas terceirizadas”. � uma provoca��o � alian�a do prefeito reeleito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), com A�cio. Na capital de Minas, o PMDB desistiu da candidatura pr�pria, a pedido de Dilma, para patrocinar Patrus Ananias (PT), que perdeu.

No Rio, o caminho foi inverso: o PT abriu m�o da cabe�a de chapa e apoiou a reelei��o de Eduardo Paes (PMDB). Em Salvador, por�m, o PT do governador Jaques Wagner e o PMDB do ex-ministro Geddel Vieira Lima vivem �s turras. L�, os peemedebistas n�o chegaram ao segundo turno.

Agora, o mais forte polo de articula��o da dobradinha PT-PMDB est� em S�o Paulo. Al�m de endossar Haddad, Temer atuou para o PMDB avalizar M�rcio Pochmann (PT) em Campinas e impediu a ades�o a Jonas Donizette (PSB), disc�pulo do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Nas negocia��es, o PMDB acertou com Lula e Dilma a grava��o de mensagens de apoio a seus principais candidatos no hor�rio gratuito.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)