A elei��o do deputado Antonio Carlos Magalh�es Neto para a prefeitura de Salvador, nesse domingo, significou n�o s� uma sobrevida para seu partido, o DEM, mas uma derrota tripla do PT: da pr�pria presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e do governador Jaques Wagner (PT), que, pessoalmente, jogaram tudo o que podiam para ajudar o petista Nelson Pelegrino. Wagner usou tanto a m�quina do governo do Estado em favor de Pelegrino que a Justi�a chegou a proibir a veicula��o de propagandas de suas obras em Salvador. Numa �ltima tentativa de dar a m�o ao aliado, Wagner chegou a tirar a Bahia do hor�rio de ver�o, mudan�a de hor�rio muito impopular entre a popula��o baiana.
“Sofremos o maior ataque da hist�ria recente dos partidos, ataque esse liderado por Gilberto Kassab. Tudo isso com o apoio do governo e do PT. E n�o nos destru�ram”, comemorou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). “A import�ncia da minha elei��o n�o � para o DEM, � para Salvador - a terceira maior cidade do Brasil e a maior do Nordeste. Ent�o, o resultado tem peso nacional”, disse ACM Neto.
A vit�ria do neto do ex-senador Antonio Carlos Magalh�es representa tamb�m o ressurgimento do carlismo, mas um pouco diferente, visto que ele n�o � partid�rio da chamada “pol�tica do chicote”, adotada pelo ancestral. Mas a prefeitura vai projet�-lo para projetos futuros, como candidaturas a governador e at� a presidente pela oposi��o.
Em entrevista ap�s o an�ncio do resultado, ACM Neto disse que vai procurar uma rela��o harmoniosa com o governo federal e com o governo estadual. “Vou procurar o governador e dizer que o prefeito eleito de Salvador saiu do palanque. Quero uma parceria de trabalho construtivo. Falei com o vice-presidente Michel Temer para que ele seja porta-voz da prefeitura de Salvador. Vou me reunir com ele na pr�xima semana.”
Nelson Pelegrino, que come�ou a campanha muito atr�s de ACM Neto chegou a equilibrar a disputa. Para ele, suas maiores dificuldades foram duas greves de mais de cem dias deflagradas pela Pol�cia Militar e pelos professores estaduais.