Ap�s a derrota de Jos� Serra na disputa pela Prefeitura de S�o Paulo, conquistada pelo petista Fernando Haddad, lideran�as do PSDB pregam uma "renova��o" no partido, com uma mudan�a no discurso dos quadros tucanos - que, de acordo com o senador �lvaro Dias (PR), est� "insosso" - e a retomada de bandeiras hist�ricas, como a defesa da �tica e da seriedade administrativa. Com isso, avaliam, novos nomes para a disputa das elei��es surgiriam "naturalmente".
Em entrevista, �lvaro Dias avalia que as urnas passaram uma "mensagem" ao partido da necessidade de ter um discurso "claro e veemente", contra o "estilo de governar" do PT. "Nosso discurso est� morno e insosso. Temos que contribuir para ressuscitar a indigna��o neste Pa�s. Um esquema de corrup��o do porte do mensal�o est� sendo julgado e condenado pelo Supremo (Tribunal Federal) e as pessoas n�o est�o nas ruas (para protestar)", avaliou.
O vereador eleito em S�o Paulo e filho do ex-governador falecido Mario Covas, Mario Covas Neto, faz coro � necessidade de renova��o no discurso e em algumas pr�ticas do PSDB que, na vis�o dele, se distanciou da ideia que deu origem � agremia��o. "Voc� pode perder uma elei��o, mas n�o o discurso. Tem que ter posicionamento de �tica e de seriedade p�blica sempre", afirmou.
Covas Neto criticou, inclusive, a pol�tica de alian�as adotada pelo PSDB nas elei��es municipais deste ano. "Tem que ter limites no espectro de aliados. Nesta elei��o (municipal), por exemplo, nos unimos ao PR, que n�o tem nada a ver com a gente", criticou.
Para Covas Neto, o processo de "reciclagem" do PSDB trar� novos l�deres "espontaneamente" ao partido. "Nossa quest�o maior � de posicionamento. Em um processo de revis�o interna, novas lideran�as ter�o voz e aparecer�o", afirmou. A mesma defesa foi feita pelo senador �lvaro Dias. "Tem que surgir novos nomes, mas n�o se pode descartar personagens como (Jos�) Serra e (Geraldo) Alckmin, que est�o em pleno vigor. N�o se renovam (os nomes) por decreto, tem que ser natural", diz.