Bras�lia – Com a inclus�o da cota de passagens a�reas no c�lculo da verba indenizat�ria em julho do ano passado, a conta paga pelo Senado a t�tulo de ressarcimento aos parlamentares ficou mais cara. Saltou de R$ 10,1 milh�es desembolsados entre janeiro e setembro de 2011 para R$ 15,2 milh�es, liberados no mesmo per�odo deste ano – um aumento de 51%. Encabe�ando a lista dos senadores que mais pediram reembolso � Casa na atual legislatura est�o Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Collor (PTB-AL), que juntos requisitaram a devolu��o de quase R$ 2 milh�es.
O Portal Transpar�ncia do Senado mostra que Collor tem registrado a maior parte de sua cota na contrata��o de servi�os de seguran�a privada nos �ltimos meses. Desde mar�o, o senador foi reembolsado em mais de R$ 90 mil por esse tipo de despesa. Em janeiro, o consumo foi outro. O site mostra que mais de R$ 20 mil foram destinados ao pagamento de um fornecedor de combust�vel. Com esse valor � poss�vel encher pelo menos 158 tanques de gasolina de um carro (com capacidade para 45 litros). O senador Ciro Nogueira, por sua vez, recebeu R$ 4,2 mil para pagar contas telef�nicas da casa dele.
Mozarildo, o l�der dos reembolsos, destina boa parte da quantia que recebe para compensar despesas com divulga��o de seu trabalho no parlamento. Nenhum dos tr�s senadores recebeu di�rias no decorrer deste ano, pagas para quem viaja em miss�o oficial.
Os senadores t�m direito de registrar despesas de at� R$ 44,3 mil por m�s na cota para exerc�cio da atividade parlamentar (Ceaps). Pelas regras da Casa, o ressarcimento s� pode ocorrer mediante a comprova��o dos gastos por meio de notas fiscais. A assessoria de comunica��o do Senado informa que nenhum parlamentar excedeu a sua cota de verba indenizat�ria.
Procurado para explicar seus gastos, Collor se limitou a informar, por meio da chefia de gabinete, que o “uso da cota para o exerc�cio da atividade parlamentar � feito de acordo com o Ato do Primeiro Secret�rio nº 10, de 2011”. J� Nogueira preferiu n�o se manifestar sobre o assunto. A reportagem n�o conseguiu entrar em contato com Mozarildo Cavalcanti.