
O segundo turno das elei��es em Uberaba ainda n�o “terminou”. Na cidade do Tri�ngulo Mineiro, s�timo col�gio eleitoral do estado, com 212.786 eleitores, o candidato derrotado no segundo turno, Ant�nio Lerin (PSB), quer a impugna��o do registro da candidatura do prefeito eleito Paulo Piau (PMDB), baseado na acusa��o de compra de votos e abuso de poder econ�mico. Lerin obteve 75.541 votos (48,64%) e Piau venceu com 79.752 (51;36%).
O advogado de Lerin, Rodrigo Ribeiro Pereira, sustenta que houve “o maior esquema de compra de votos da hist�ria de Uberaba", com a emiss�o, segundo ele, de cerca de 1.400 cheques, assinados pelo comit� de campanha do candidato “Elei��es 2012 Paulo Piau Nogueira”. O valor de cada um seria de R$ 50. A defesa de Piau, por meio do advogado Carlos Magno Bracarense, alega que tudo n�o passa de “inconformismo” de derrotado. “Vejo um esperneio de quem n�o se conforma em perder”, justifica Bracarense.
Bracarense diz que os cheques foram usados de maneira legal para pagar fiscais nos dias das elei��es. Pereira contra-argumenta que esse expediente � ilegal e pass�vel de puni��o pela legisla��o eleitoral. “Ele (Pereira) est� equivocado. Toda pessoa que trabalha em uma elei��o tem que receber pagamento e tem previs�o legal nos gastos de campanha para isso”. De acordo com informa��es do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), a legisla��o n�o regulamentou essa quest�o. Ou seja, depende do juiz que ir� analisar o caso.
Pris�o em flagrante
Contra o prefeito eleito, pesa o fato de um de seus coordenadores de campanha, Wellington Cardoso Tavares, ter sido preso em flagrante pela Pol�cia Federal, no dia das elei��es em segundo turno. Com ele, foi apreendida uma lista com nomes de eleitores, com n�meros de de CPF e t�tulo eleitoral. Duas testemunhas teriam declarado aos policiais que foram procuradas por Wellington para trabalhar nas elei��es em troca de pagamento no valor de R$ 50.
De acordo com o advogado de Lerin, as declara��es de eleitores, supostamente alvos de compra de votos, seriam prova cabal do ato il�cito cometido pelo cooordenador de campanha de Piau. “Um fiscal precisa ter um certo preparo e n�o ser abordado, no dia das elei��es, para desempenhar a fun��o”, disse. “Ele (o advogado de Lerin) deve desconhecer a legisla��o eleitoral e essa a��o deve ser considerada improcedente”, garante Bracarense.
Nesta segunda-feira, essa quest�o dever� ser encaminhada para solu��o do impasse na Comarca de Uberaba. Est� marcada para acontecer uma audi�ncia, a partir das 16 horas, no Foro Eleitoral daquela cidade, para ouvir as testemunhas envolvidas no imbr�glio jur�dico.