A leitura do relat�rio final da CPI do Cachoeira come�ou por volta das 11 horas e com bate- boca entre os integrantes da comiss�o. A discuss�o come�ou em fun��o de uma proposta do relator, deputado Odair Cunha (PT/MG). De acordo com ele, o relat�rio, salvo dois itens do texto, deveriam ser aprovados ou reprovados na �ntegra.
Menos de uma hora depois de iniciada a reuni�o para a leitura do relat�rio final da CPI, os trabalhos foram interrompidos para que alguns itens do texto fossem copiados e entregues aos parlamentares.
Conte�do antecipado
A leitura do relat�rio final da CPI do Cachoeira foi adiada por duas vezes antes de ser apresentada nesta quarta-feira. O relator e deputado Odair Cunha j� revelou que vai pedir o indiciamento do governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB) e, tamb�m, do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), e o deputado Carlos Alberto Ler�ia (PSDB-GO).
Cunha tamb�m pretende pedir o indiciamento de todos os depoentes que se recusaram a falar nas audi�ncias da CPI. Ele est� convencido de que os tent�culos da organiza��o criminosa comandadas por Cachoeira eram muito fortes no governo goiano. Apesar de reconhecer que a organiza��o tentou entrar em outros governos estaduais, Cunha decidiu poupar os governadores do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral (PMDB), e do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz.
Para o relator, o esquema ilegal comandado por Cachoeira tem semelhan�as com a m�fia. Al�m do jogo do bicho, a organiza��o criminosa teria neg�cios legalmente constitu�dos para criar condi��es de lavar dinheiro de origem ilegal e agiria para cooptar agentes pol�ticos. A CPI do Cachoeira foi criada como um ant�doto ao julgamento do mensal�o e com a determina��o de atingir os tucanos. O presidente nacional do PT, Rui Falc�o, chegou a gravar v�deo vinculando a CPI com a estrat�gia do PT de neutralizar o esc�ndalo do primeiro mandato de Lula.
Incentivada pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e criada h� mais de seis meses com o apoio dos partidos da base aliada, a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito dever� poupar a Delta Constru��es, empreiteira cujos diretores estavam ligados ao esquema de fraudes em licita��es do contraventor Carlos Augusto Ramos.