(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cochilo da base governista faz oposi��o convocar envolvidos na Opera��o Porto Seguro

Oposi��o fura bloqueio montado pelo Planalto e aprova convite para que ex-diretor da Anac preste depoimento no Senado. Na C�mara, for�a-tarefa consegue barrar novas convoca��es


postado em 29/11/2012 04:02 / atualizado em 29/11/2012 07:12

A oposi��o desmoronou a blindagem da base aliada no Senado e aprovou um convite para que o ex-diretor da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) Rubens Vieira compare�a � Comiss�o de Infraestrutura, na semana que vem, para prestar esclarecimentos sobre a Opera��o Porto Seguro. Vieira est� preso desde sexta-feira, quando a Pol�cia Federal deflagrou a a��o. Os senadores tamb�m convocaram o diretor da Anac Marcelo Guaranys. E s� n�o conseguiram emplacar a convoca��o da ex-chefe de gabinete da Presid�ncia em S�o Paulo Rosemary Noronha porque o requerimento n�o foi colocado em vota��o.

A t�tica de guerrilha adotada pelos oposicionistas – de espalhar diversos requerimentos em v�rias comiss�es da C�mara e do Senado – deu certo pela primeira vez desde que o in�cio da crise pol�tica. No dia anterior, os aliados aceitaram a convoca��o do ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, e do advogado-geral da Uni�o, Lu�s In�cio Adams. “Quem deve vir ao Senado prestar esclarecimentos s�o ministros ou diretores de ag�ncias. Os demais que respondam o que tem de responder � pol�cia”, respondeu o l�der do PT no Senado, Walter Pinheiro, irritado com a convoca��o de Rubens Vieira.

Pinheiro disse que a base concorda com a presen�a de Marcelo Guaranys. “Sobre Rubens, deixa para o Alvaro (Alvaro Dias, senador tucano respons�vel pelo requerimento) o trabalho para tir�-lo da cadeia e trazer para c�”, prosseguiu o petista. Tanto ele quanto o l�der do governo no Congresso, senador Jos� Pimentel (PT-CE), n�o estavam na Comiss�o de Infraestrutura quando o requerimento foi aprovado. “Aproveitamos que n�o tinha ningu�m e aprovamos a vinda de Rubens em vota��o simb�lica”, comemorou �lvaro Dias.

DEVER DE CASA Derrotada no Senado, a base aliada fez o dever de casa na C�mara. Foi montada uma for�a-tarefa para impedir novas convoca��es. Somente na Comiss�o de Seguran�a P�blica e Combate ao Crime Organizado, havia seis requerimentos para que ministros e pessoas citadas pela investiga��o prestassem esclarecimentos. Al�m de Cardozo, os documentos, apresentados pelos deputados Efraim Filho (DEM-PB) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS), pediam a presen�a de Adams; do delator do caso, Cyonil da Cunha Borges; dos irm�os Rubens Vieira e Paulo Rodrigues Vieira (ex-diretor de Hidrologia da Ag�ncia Nacional de �guas); Jos� Weber Holanda (ex-n�mero dois da Advocacia-Geral da Uni�o); e dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Rep�blica) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil)

A estrat�gia usada pelo governo para evitar as convoca��es e os convites foi encher a sess�o de aliados, tirando da oposi��o qualquer chance de aprovar um dos requerimentos sem o aval da base. Com a presen�a em peso de vice-l�deres governistas, apenas a ida de Cardozo acabou referendada. O ministro estar� na C�mara na ter�a-feira, em sess�o conjunta das comiss�es de Seguran�a e Fiscaliza��o Financeira e Controle. Os demais pedidos poder�o ser analisados apenas caso o colegiado compreenda que o depoimento do ministro n�o foi esclarecedor. “As palavras de Cardozo, que � o respons�vel direto pela Pol�cia Federal, ser�o suficientes para sabermos sobre os desdobramentos da opera��o e trazer qualquer outra autoridade n�o faz tem nenhum efeito neste momento”, argumentou o vice-l�der do governo Hugo Leal (PSC-RJ).

 Os integrantes da oposi��o, por�m, garantem que v�o insistir na presen�a dos envolvidos no esquema desvendado pela PF. O trof�u em disputa ainda � Rosemary Noronha. Dentro do PT e no c�rculo mais pr�ximo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, existe o receio de que ela possa “dizer coisas inapropriadas” diante dos senadores. Rosemary n�o � vista como a principal figura da quadrilha indiciada pela Pol�cia Federal, mas como algu�m que gozava de prest�gio e tr�nsito junto a Lula e ao ex-chefe da Casa Civil Jos� Dirceu. “Essa quadrilha atuava no submundo. Nesse sentido, Rosemary tinha destaque porque era �ntima do poder”, completou um aliado de, Jos� Dirceu.

O diretor afastado da Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira, foi transferido ontem do pres�dio da Papuda, em Bras�lia, para uma cela especial na sala do Estado Maior no Batalh�o de Choque de S�o Paulo, na regi�o central.

VIAGEM CANCELADA Apesar de ainda n�o confirmar oficialmente, a presidente Dilma Rousseff decidiu cancelar sua viagem ao Peru, marcada para amanh�. Ela iria participar da 6ª Reuni�o Ordin�ria do Conselho de Chefes de Estado e de Governo da Unasul, bloco formado por pa�ses da Am�rica do Sul, mas avaliou ser melhor permanecer no pa�s nesse momento de crise. No lugar dela, vai o vice-presidente Michel Temer, que a princ�pio estaria no M�xico, para a posse do presidente Pe�a Nieto, acompanhado do ministro de Rela��es Exteriores, Ant�nio Patriota. (Colaborou Juliana Braga e Edson Luiz)

Reclama��o de Dirceu

O ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu publicou em seu blog, ontem, reclama��es sobre a vincula��o de seu nome com den�ncias de irregularidades no governo. A �ltima delas, referente � Opera��o Porto Seguro, da Pol�cia Federal. Segundo grava��es da PF, o ex-auditor do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) Cyonil Borges, respons�vel pela dela��o do esquema, cita o ex-parlamentar como um dos supostos interessados nas negocia��es envolvendo as ag�ncias reguladoras. No blog, Dirceu menciona diversos outros casos em que � arrolado, como o do assassinato de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo Andr� (SP), a Opera��o Satiagraha e o mensal�o. “Agora, a hist�ria se repete”, afirma Dirceu.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)