Presidente do PT critica 'm�dia monopolizada'

O presidente nacional do PT, Rui Falc�o, afirmou nesta segunda-feira em discurso que "n�o d� para avan�ar no Brasil sem uma reforma do Estado que pegue a quest�o da m�dia monopolizada e o Judici�rio conservador". Segundo ele, "n�o � poss�vel ter mais democracia no Brasil com o atual sistema pol�tico eleitoral, sobretudo se n�o se conquistar o financiamento p�blico de campanha".

As declara��es do presidente do PT foram feitas durante encontro de prefeitos e vereadores petistas eleitos no Estado do Rio com o pr�-candidato ao governo estadual, senador Lindbergh Farias (PT-RJ). No discurso, Rui Falc�o disse que a "oposi��o real � aquela que re�ne grandes grupos que se op�em a um projeto de desenvolvimento independente, que se op�em ao avan�o da revolu��o democr�tica e que t�m, para vocalizar seus interesses, uma certa m�dia que tem partido, tem lado, e que permanentemente investe contra n�s".

Neste momento, ele foi interrompido por uma mulher da plateia. "Porque s�o financiados por esses grupos", disse ela. "Era exatamente isso o que eu estava dizendo; obrigado, companheira", completou Falc�o. De acordo com o presidente do PT, os embates que est�o em curso - contra o "n�cleo do capital financeiro", entre outros - mostram qual � a oposi��o realmente existente no Pa�s. "N�o s�o DEM, PPS e PSDB; esta � a oposi��o partid�ria, que sofreu dura derrota no �ltimo pleito", discursou. Outro "embate" destacado pelo petista foi a quest�o da medida provis�ria para baixar o pre�o da energia.

Falc�o disse que os dez anos de governo petista precisam ser marcados pelo lan�amento de uma campanha de iniciativa popular para "conquistar a reforma pol�tica eleitoral, envolvendo o povo nessa quest�o". "Vamos entrar em 2013 nessa conjuntura de embate o que requer um duplo movimento." Primeiro, disse ele, � preciso dar sustenta��o ao governo. "Ao mesmo tempo, temos que criar as bases materiais, a correla��o de for�as na sociedade, para que possamos avan�ar ainda mais. Afinal, em 2013 se completam dez anos do modo petista de governar. Foram muitas transforma��es, mas ainda h� muito por fazer."

O encontrou reuniu 11 prefeitos, 12 vices e 84 vereadores, al�m de membros das bancadas federal e estadual. Depois da reuni�o, o presidente do PT afirmou que o partido n�o est� envolvido nas acusa��es da opera��o Porto Seguro. Em rela��o a filiados, disse que, se comprovadas as den�ncias, o PT adotar� - "no momento prop�cio" - medidas disciplinares previstas em seu estatuto e c�digo de �tica, inclusive a expuls�o. "Lamentamos que algu�m que estava em um posto de representa��o do governo federal possa ter dado margem a esse tipo de fatos que a imprensa vem revelando a partir da investiga��o da PF. O PT n�o convalida nenhuma pol�tica desse tipo. Ningu�m mais do que os governos Lula e Dilma combateu mais corrup��o e tr�fico de influ�ncia, refor�ando a CGU e reaparelhando a PF, que tinha sido desmontada pelos governos anteriores."