Ap�s registro de voto fantasma durante a aprova��o do Or�amento, na �ltima quarta-feira, o uso do painel eletr�nico da C�mara Municipal de S�o Paulo foi suspenso por tempo indeterminado. Tanto a marca��o da presen�a nas sess�es plen�rias como a vota��o de cada vereador devem ser feitas em voz alta, no microfone. A medida foi tomada para assegurar a lisura dos trabalhos enquanto a suposta falha n�o � explicada pela equipe t�cnica.
O presidente da Casa, Jos� Police Neto (PSD), informou na quinta-feira (06) que solicitou parecer da empresa Visual Sistemas Eletr�nicos, respons�vel pelo painel. Ele quer saber o motivo da falha e receber garantias de que n�o vai se repetir. S� depois de analis�-lo, o vereador deve decidir pela volta do painel.
Piv� da pol�mica
Fernando Estima (PSD) - que teve um voto contr�rio � aprova��o do Or�amento registrado mesmo sem estar na Casa - se mostrou surpreso na quinta-feira (06). “Levei um susto. Eu realmente n�o estava. E, claro, n�o sou contra a proposta or�ament�ria”, disse. A altera��o provocou atraso na rotina das vota��es. Na sess�o extraordin�ria de quinta-feira (06) foram aprovados 14 projetos. A expectativa era bem maior. Quando abriu os trabalhos Police Neto mencionou disposi��o para aprovar ao menos um projeto de cada parlamentar.
A lentid�o gerou reclama��es. “Infelizmente � assim que vai ter de ser, porque o painel, do jeito que est�, n�o d� pra confiar”, afirmou Milton Leite (DEM). Presidente da Comiss�o de Finan�as e Or�amento, foi o democrata que notou o voto fantasma de Estima no painel.
Sem o sistema eletr�nico, os vereadores s�o chamados pelo nome e convidados a se posicionar sobre os projetos colocados em vota��o. A ordem � alfab�tica e a contagem, manual. Al�m de lento, o processo � repetitivo. Para aprovar as propostas na quinta-feira (06), o vereador Claudio Fonseca (PPS), que exercia a fun��o de primeiro-secret�rio, questionou os colegas 756 vezes - ou seja, chamou um por um os 54 colegas para votar em cada um dos 14 projetos na pauta.