Visto como um potencial homem-bomba pelo PT por saber como foi montado passo a passo o mensal�o, Marcos Val�rio Fernandes de Souza disse ter sido amea�ado de morte por Paulo Okamotto, atual diretor do Instituto Lula e amigo do ex-presidente. Se abrisse a boca, morreria, disse o empres�rio no depoimento � Procuradoria-Geral da Rep�blica.
Val�rio relatou que Okamotto o procurou pela primeira vez em 2005, dias depois da entrevista concedida pelo ent�o presidente do PTB, Roberto Jefferson, em que o esc�ndalo do mensal�o era revelado. Okamotto disse, segundo Val�rio, que o procurava por ordem do ent�o presidente Lula.
Os dois teriam se encontrado primeiro na casa de Eliane Cedrola. Segundo Val�rio, uma diretora da empresa de Okamotto. O emiss�rio de Lula teria pedido que Val�rio permanecesse em sil�ncio e n�o contasse o que sabia.
Da segunda vez, o encontro ocorreu na Academia de T�nis em Bras�lia, onde Okamotto se hospedava, conforme Val�rio. Foi nessa segunda conversa, cuja data n�o � mencionada, em que as amea�as expressas teriam sido feitas.
Okamotto foi alvo da oposi��o durante as investiga��es do esquema do mensal�o no Congresso Nacional. Na �poca, ele presidia o Sebrae e entrou na lista de investigados por ter pago uma d�vida de R$ 29.436,26 contra�da por Lula em empr�stimo feito junto ao PT. Passou a ser classificado como um tesoureiro informal do presidente.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Instituto Lula no in�cio da tarde desta segunda-feira (10). A assessoria do instituto, no entanto, informou que Lula e Okamotto n�o “quiseram comentar o depoimento”.
Posteriormente, a assessoria informou que Okamotto responder� �s acusa��es “quando souber o teor do documento”. Por enquanto, acrescentou a assessoria do instituto, Okamotto n�o se considera suficientemente informado para se pronunciar.