O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica Gilberto Carvalho, aproveitou a r�pida entrevista concedida � imprensa nesta ter�a-feira, ap�s confraterniza��o de Natal no Pal�cio do Planalto, para responder aos ataques por causa da divulga��o do v�deo que ele gravou para o PT. Nesse v�deo, ele conclamava a milit�ncia petista para ir �s ruas ap�s as festas de fim de ano para defender o partido e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "Eu tenho todo o direito e o dever de me dirigir � milit�ncia", desabafou Carvalho.
No v�deo gravado para o PT no �ltimo fim de semana, Carvalho classificou como "ataques sem limites" as acusa��es contra o ex-presidente Lula e alegou que as cr�ticas t�m o objetivo de destruir o PT e o governo. "Vamos nos preparar para, assim que passarem as festas, a gente ir para as ruas", disse no v�deo, sugerindo que agora � hora de descansar, porque o ano que vem ser� "brabo" e que o "bicho vai pegar" por causa dos ataques ao partido e a Lula, se referindo, mas sem citar, �s acusa��es de Marcos Val�rio e �s den�ncias que surgiram na Opera��o Porto Seguro, da Pol�cia Federal.
Carvalho disse que por causa dessas declara��es foi acusado de ser "autorit�rio" e que isso ele repudiava. "Disseram que eu sou autorit�rio. Pelo amor de Deus. Eu estou falando de um ve�culo pr�prio, de uma linguagem pr�pria para militantes do partido", comentou. Ele disse reconhecer que � ministro do governo, mas observou que s� � ministro por causa do PT. "Tenho profundo orgulho desse nosso partido e, nas horas vagas eu tenho todo direito de me dirigir � milit�ncia", reclamou, passando a se queixar da imprensa. "Se nem isso a gente puder fazer, se a gente n�o puder conversar com o povo, com nossa milit�ncia, eu n�o sei onde � que vamos parar", desabafou ele.
"Eu reivindico o uso da liberdade, da lideran�a, de irmos �s ruas, de fazer o que n�s sempre fizemos. Eu acho que o PT fez um grande bem para o Brasil exatamente porque foi capaz de n�o ficar nos gabinetes, de ir � rua, de fazer as caravanas da cidadania, de mobilizar a popula��o, de conscientizar os trabalhadores para que eles reivindicassem seus direitos", defendeu. Gilberto Carvalho encerrou a entrevista dizendo que tem "imenso orgulho" do PT e foi com esse dever com o partido que fez aquele pronunciamento "que nada tem a ver com autoritarismo, mas sim � uma mensagem de esperan�a como a que fiz aqui hoje (aos funcion�rios do Planalto)".