O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), tomou posse de seu segundo mandato estabelecendo como principal desafio a solu��o dos cr�nicos problemas da gest�o da sa�de p�blica no munic�pio. O or�amento para o setor ser� mantido em 25% do total da arrecada��o, o que representou R$ 4,2 bilh�es no ano passado. Paes, no entanto, afirmou que o alto custo dos investimentos e o fato de que a cidade continua a receber pacientes de outros munic�pios, torna a sa�de o ponto cr�tico de sua gest�o.
"Sa�de continua sendo o maior desafio do Rio. Maior desafio do Brasil e do Rio", disse o prefeito carioca, logo ap�s a solenidade de posse no Pal�cio da Cidade, na zona sul. "Sa�de � uma tarefa muito dif�cil, pois depende do que os outros governos e munic�pios v�o fazer. � muito caro o investimento".
No primeiro dia de seu segundo mandato, Paes publicou 41 decretos. Para a �rea de sa�de, ele estabeleceu a constitui��o de um grupo de trabalho para implantar o controle biom�trico de frequ�ncia para m�dicos e outros profissionais em hospitais e unidades de sa�de do munic�pio.
O prefeito disse ainda que n�o quer repetir erros cometidos por pol�ticos em segundo mandato, que, na vis�o dele, acomodam-se diante de problemas n�o resolvido durante a primeira gest�o. "N�o podemos perder o ritmo. Estou tomando medidas para que meus secret�rios tenham certeza de que eu estou muito atento, n�o estou cansado, vou continuar trabalhando muito e governar com umbigo no balc�o", disse.
Novas medidas
Entre as novas medidas decretadas por Paes, destacam-se o corte linear de 10% em todas as secretarias, redu��o de gratifica��es especiais e nos gastos de loca��o de ve�culos, entre outras medidas de conten��o.
O prefeito tamb�m determinou a integra��o do bilhete �nico para �nibus com o sistema de metr� e barcas, o que deve ocorrer nos pr�ximos seis meses, e criou uma f�brica de escolas, com o objetivo de construir at� 300 unidades para ensino em tempo integral.
Paes tamb�m confirmou que pretende negociar com o Minist�rio da Fazenda a amplia��o da capacidade de endividamento do munic�pio. "O correto � que a gente se endivide mais. A gente tem 40% sobre a receita l�quida real, quando o correto � 120%. A cidade do Rio est� muito pouco endividada", disse o prefeito. "O grande entendimento que a gente pode ter com o governo federal � o programa de ajuste fiscal. � o que nos permitir� investir", afirmou Paes.