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Estado de Minas

Dilma fez an�ncio firme para evitar preju�zo eleitoral


postado em 27/01/2013 08:52

(foto: Reproducao)
(foto: Reproducao)

O tom mais duro adotado pela presidente Dilma Rousseff no pronunciamento feito para anunciar a queda do valor da conta de luz n�o foi casual. Ele foi resultado da avalia��o feita dentro do Pal�cio do Planalto que identificou um risco para a imagem do governo e da pr�pria Dilma e potencial preju�zo pol�tico que poderia se refletir at� nas elei��es de 2014.

Segundo essa an�lise, estava se formando uma esp�cie de "caldo de cultura" junto � opini�o p�blica de que o governo est� emperrado, sem conseguir fazer a economia alavancar, com problemas de gest�o, sob risco da volta da infla��o e de apag�o ou racionamento de energia. O fato de integrantes da oposi��o e at� de partidos aliados insistirem no tema tamb�m refor�ou a impress�o de que o assunto tinha tamanho suficiente para virar bandeira de campanha eleitoral e fragilizar o governo.

Por causa disso, segundo interlocutores pr�ximos da presidente, Dilma quis falar de forma mais veemente para n�o apenas conter as cr�ticas da oposi��o, mas tamb�m para mostrar que o governo est� trabalhando. A redu��o na conta de energia foi considerada a a��o ideal para exibir um movimento pr�-ativo do governo e de impacto imediato.

Marqueteiro

Como em todos os seus pronunciamentos oficiais, a presidente Dilma discutiu a maneira de falar diretamente com o marqueteiro Jo�o Santana e saiu convencida que era estrat�gico negar a possibilidade de falta de energia no Pa�s.

Al�m de poder mostrar imediatamente uma a��o de seu governo - a queda na conta da luz -, Dilma e seus principais auxiliares tamb�m sabem que o tema energia � extremamente delicado. Em 2001 o PT ganhou muito espa�o no seu discurso de oposi��o por causa do apag�o ocorrido durante o governo Fernando Henrique Cardoso e que provocou racionamento de energia no Pa�s. Os petistas aproveitaram a situa��o e conseguiram um desgaste expressivo na imagem do governo tucano por esse problema. O assunto acabou sendo um ponto importante na campanha presidencial do ano seguinte, vencida pelo petista Luiz In�cio Lula da Silva.

No caso de Dilma, o tema � mais importante ainda j� que seu nome come�ou a ganhar destaque no cen�rio pol�tico justamente por sua gest�o eficiente como secretaria estadual de Minas e Energia do governo do Rio Grande do Sul no per�odo do apag�o. Essa atua��o fez com que Lula a escolhesse para ocupar o Minist�rio de Minas e Energia, em 2003, abrindo o caminho para sua trajet�ria vitoriosa at� a elei��o presidencial de 2010.

Disposi��o


O pronunciamento mais forte de Dilma apontou ainda para sua disposi��o de concorrer � reelei��o em 2014. O embate acirrado em torno da quest�o de energia e as cr�ticas feitas aos advers�rios foi interpretado por integrantes da oposi��o como sinal de disposi��o da presidente em tentar um novo mandato presidencial. Tanto que o PSDB soltou uma nota oficial logo em seguida para criticar a presidente por aproveitar o espa�o de cadeia nacional de televis�o e r�dio para fazer campanha pol�tica e antecipar a disputa eleitoral.

O governo prev� que a oposi��o v� insistir no tema, mas interlocutores diretos da presidente avaliam que o assunto poder� esfriar assim que o desconto na conta de luz comece a ser sentido no bolso dos consumidores brasileiros. Com isso, esperam que a crise de energia deixe de ser um ponto de fragilidade para o governo federal.


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