Uma semana depois de ter se encontrado com Jos� Serra (PSDB), em S�o Paulo, o governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, afirmou nesta sexta-feira que tem mais afinidades pol�ticas do que diverg�ncias com o tucano. "Esse campo em que Serra sempre militou � muito mais pr�ximo do nosso campo pol�tico do que muita gente que est� conosco e que esteve conosco na base de sustenta��o do presidente Lula", afirmou ele. "Todo mundo sabe disso."
"Acho que � importante a gente manter essa capacidade de dialogar", destacou, em entrevista concedida durante o lan�amento de um livro sobre escultores pernambucanos patrocinado pela construtora OAS, em Recife. "Dialogar n�o significa aderir � posi��o das pessoas, dialogar significa civilidade, humildade para saber que suas posi��es podem melhorar na medida em que se aceita a pondera��o dos outros e isso n�s fizemos", disse.
A aproxima��o de Campos com Serra, em mais um lance para pavimentar a candidatura do pernambucano � Presid�ncia em 2014, deixou tanto tucanos como petistas inquietos, como mostrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira.
Indagado se a conversa com Serra traria desconforto � boa rela��o que mant�m com senador A�cio Neves (PSDB-MG), que tamb�m pretende disputar a Presid�ncia no ano que vem, Campos minimizou. "O pr�prio A�cio vai encontrar Serra esses dias", afirmou, voltando a explicar as afinidades que o aproximam de Serra, de quem foi colega, como governador, quando o tucano governou S�o Paulo. "Ele (Serra) foi muito amigo do meu av� (Miguel Arraes), eu sempre tive boa rela��o com Serra, o pr�prio presidente Lula sabe disso, que sempre tivemos uma porta de conversa."
Segundo Campos, as diferen�as entre os dois nunca empanaram a possibilidade de discutir sobre economia. "Serra � economista respeitado, homem p�blico de experi�ncia, foi um grande ministro da Sa�de, governou o maior Estado e a maior cidade do Pa�s", elogiou.
Entre os pontos de converg�ncia com o tucano, citou a melhor distribui��o de renda no Pa�s, um crescimento mais arrojado, e uma pol�tica de inova��o que agregue valor �s exporta��es. "Entendo que devemos seguir discutindo o Brasil", afirmou Campos , que tem mantido encontros com empres�rios no Sudeste e busca abrir espa�o para seu nome na regi�o.
Dilma
Sobre a declara��o do secret�rio do PT, Paulo Teixeira, para quem o voto do Nordeste � "petista e dilmista", Campos afirmou, sorrindo: "Acho que o voto do Nordeste � dos nordestinos".