Semana pode ser decisiva para Marco Feliciano na Comiss�o de Direitos Humanos

A perman�ncia ou n�o do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), na presid�ncia da Comiss�o de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da C�mara dos Deputados, deve ser definida at� a pr�xima ter�a-feira. Pastor evang�lico, ele � acusado de postar em redes sociais mensagens homof�bicas e racistas e, por isso, � alvo de protestos desde que foi indicado para o cargo.

Na segunda-feira, um ato liderado pelo deputado federal Jean Wyllys e pelo estadual Marcelo Freixo, ambos do Psol-RJ, vai reunir artistas como Caetano Veloso, Leandra Leal, L�zaro Ramos e lideran�as de v�rias religi�es na sede da Associa��o Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. “Ser� um ato em defesa da cultura contra o fundamentalismo religioso”, adianta Wyllys.

A pr�xima reuni�o da CDH est� prevista para quarta-feira. A Ag�ncia Brasil tentou falar com o deputado Feliciano, mas o assessor de imprensa dele, Wellington de Oliveira, disse que o pastor n�o est� atendendo jornalistas. Ainda segundo o assessor, o deputado continua firme no prop�sito de continuar presidindo a comiss�o e considera as acusa��es contra ele infundadas. Oficialmente, durante o fim de semana, o deputado n�o ter� nenhum encontro com integrantes do PSC e deve se dedicar exclusivamente a agenda religiosa.

Apesar disso, a pedido do presidente da C�mara Henrique, que considera a situa��o do parlamentar na CDH “insustent�vel”, o l�der do PSC na Casa, Andr� Mora (SE) pediu que o colega de legenda reavaliasse neste fim de semana sua posi��o de n�o deixar a presid�ncia da comiss�o.

“Na conversa que n�s tivemos com o presidente Henrique Alves, ele apresentou preocupa��o com andamento dos trabalhos da Comiss�o e com a C�mara Federal. Tudo isso n�s levamos ao pastor Marco Feliciano. Pedimos que ele fizesse uma reflex�o, e na pr�xima semana teremos uma reuni�o, primeiro com ele e, depois, com toda a bancada para discutir o assunto”, diz o l�der do PSC.

No Congresso Nacional, a defini��o do comando das comiss�es respeita a proporcionalidade dos partidos, por isso, mesmo se Feliciano renunciar ao cargo, a vaga continua com o PSC. Os deputados Hugo Leal (RJ) e Ant�nia L�cia (AC), s�o vistos como nomes que sofreriam menos resist�ncias entre diversos movimentos sociais na condu��o dos trabalhos da Comiss�o de Direitos Humanos.

“Acho que quem quer que v� para a presid�ncia [da Comiss�o de Direitos Humanos] vai ter separar dogmas religiosos da condu��o dos trabalhos. O que daqui pra frente fica claro � que quem sobe ali, sobe sabendo que a sociedade est� vigilante”, avalia Jean Wyllys.