S�o Jo�o del-Rei – Cotado para disputar a Presid�ncia da Rep�blica nas elei��es de 2014, o senador mineiro A�cio Neves (PSDB) afirmou ontem concordar com a realiza��o de pr�vias para a escolha do candidato – caso haja mais de um –, mas ressaltou que o partido s� ter� reais chances de ocupar o cargo hoje nas m�os da petista Dilma Rousseff se estiver unido e apresentar um nome que “represente algo novo, algo que permita �s pessoas voltarem a sonhar”.
As declara��es foram dadas diante de afirma��es do vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, de que “n�o sabe” se A�cio Neves � a melhor op��o do partido para as elei��es do ano que vem. Goldman � aliado do ex-governador de S�o Paulo Jos� Serra e defende a realiza��o de prim�rias para a escolha do candidato em 2014. Serra � um dos entraves para a candidatura do senador.
“Concordo (com as pr�vias) e n�o � hora de o PSDB ter candidato. O PSDB tem que ouvir as pessoas, caminhar pelo Brasil e construir um ousado projeto”, afirmou A�cio, que participou ontem � noite, em S�o Jo�o del-Rei, do tradicional Descendimento da Cruz e da Prociss�o do Enterro, segurando a lanterna de prata que foi carregada pelo av� Tancredo Neves. O evento faz parte das comemora��es da Semana Santa na cidade e acontece h� 302 anos.
Questionado sobre uma possibilidade de Jos� Serra abrir m�o de uma candidatura a presidente em seu benef�cio – assim como o senador fez em 2010, quando desistiu de disputar as pr�vias e concorreu ao Senado –, A�cio disse que � preciso respeitar a “intelig�ncia e o tempo de cada um”. “O importante agora � a unidade do partido para construirmos uma nova agenda”, ponderou. Essa unidade ele vai buscar no comando nacional do partido, cargo que dever� ocupar em maio, quando ocorre a elei��o para o diret�rio. A elei��o � vista como uma estrat�gia para fortalec�-lo na disputa de 2014. Como presidente do maior partido de oposi��o ao governo petista, ele ganharia mais destaque.
E ontem n�o faltaram cr�ticas ao governo Dilma Rousseff. Segundo o senador, o PT est� usando de forma abusiva os instrumentos do governo e perdeu a capacidade de sonhar. “O PT hoje tem um projeto de poder. N�o me contentaria apenas com a administra��o da pobreza. Quero trabalhar para a supera��o da pobreza”, disse, em tom de candidato.
A�cio reclamou ainda da cria��o do Minist�rio da Micro e Pequena Empresa, 39º do governo federal. Para ele, essa � uma medida eleitoreira para garantir o apoio do PSD na reelei��o da presidente, j� que a pasta dever� ser entregue a Afiif Domingos, filiado � legenda.
Consultoria Nos bastidores do PSDB circulam informa��es de que A�cia estuda trazer David Axelrod, ex-alto funcion�rio da Casa Branca, para ajudar na constru��o da candidatura de A�cio. Tamb�m j� foi feito contato com Antonio Villaraigosa, prefeito de Los Angeles e uma das estrelas em ascen��o do partido democrata americano. O objetivo seria orientar o senador mineiro na fase pr�-campanha, especialmente na internet.
A�cio j� estaria com a consultoria do marqueteiro Renato Pereira, que trabalhou ano passado na campanha de Henrique Capriles, que disputou o comando da Venezuela com Hugo Ch�vez, morto no in�cio deste m�s. Ele ainda executou as campanhas dos peemedebistas Eduardo Paes e S�rgio Cabral � Prefeitura e governo do Rio de Janeiro, respectivamente.