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Estado de Minas ENTREVISTA / S�RGIO GUERRA

Conhe�a o mapa do PSDB para tentar chegar ao Planalto

Deputado revela a estrat�gia em que ele aposta para viabilizar a vit�ria de A�cio em 2014: unir os tucanos paulistas e explorar a redu��o da influ�ncia do PT no Nordeste


postado em 08/04/2013 06:00 / atualizado em 08/04/2013 07:42

(foto: Monique Renne / EM / DA Press)
(foto: Monique Renne / EM / DA Press)

Bras�lia – O presidente nacional do PSDB, deputado S�rgio Guerra (PE), entrega no m�s que vem o comando do partido ao presidenci�vel A�cio Neves (MG). Para Guerra, ser presidente do PSDB e, ao mesmo tempo, candidato do partido ao Planalto em 2014 ajudar� o senador mineiro a tornar-se mais conhecido nacionalmente e refor�ar� os la�os dele com a milit�ncia tucana. “A�cio chegar� � elei��o mais conhecido”, disse ele.


Apesar dos altos �ndices de aprova��o pessoal e de governo da presidente Dilma Rousseff e de uma confort�vel dianteira da petista nas pesquisas de inten��o de voto, S�rgio Guerra acredita que a pr�xima elei��o ser� diferente da anterior. A economia j� n�o tem o mesmo desempenho, a infla��o � uma amea�a, o emprego declina e as obras prometidas n�o sa�ram do papel.

Para aproveitar esse cen�rio, � fundamental a unidade partid�ria. “Se n�o tivermos unidade em S�o Paulo, n�o seremos beneficiados pela divis�o que as candidaturas de Eduardo Campos e Marina Silva provocar�o no Nordeste”, comentou, em entrevista ao Estado de Minas.

 

O PSDB corre o risco de repetir 2002, 2006 e 2010 e entrar na elei��o presidencial sem unidade em torno de uma candidatura pr�pria?

N�o d� para olhar para a frente com a vis�o da �ltima elei��o. S�o mais de 10 anos de governo do PT, not�ria incapacidade gerencial, insatisfa��o crescente de setores sociais relevantes e taxas de infla��o preocupantes, al�m de problemas no c�mbio. Quest�es gerais para as quais o governo atual n�o d� resposta.

Mas Lula foi eleito, reeleito e conseguiu fazer Dilma como sucessora.

S�o situa��es diferentes. As taxas de crescimento eram importantes, a infla��o estava sob controle e os investimentos eram anunciados. Hoje, o quadro econ�mico n�o tem, de forma alguma, semelhan�as com o que tinha naquele per�odo. O ambiente hoje � de mera protela��o. Dilma � presidente, sofrendo cr�ticas da oposi��o e de todos. Ela tem que se expor e explicar as obras que at� agora n�o se realizaram.

O PSDB est� conseguindo aproveitar politicamente essa situa��o?

Nas �ltimas elei��es, o PSDB n�o valorizou como deveria o seu legado. Isso nos custou caro. O partido, em vez de valorizar o governo Fernando Henrique e a sua experi�ncia governamental, perdeu-se ao investir na tese de que o nosso candidato era o melhor para dar continuidade ao governo Lula. Foi a anula��o do nosso valor enquanto partido.

O que muda para a elei��o do ano que vem?

Essa elei��o come�a diferente. A base do governo est� fraturada. As elei��es brasileiras v�o estar equilibradas at� chegar ao Nordeste, onde o PT normalmente mostrava sua for�a. Agora, h� um (prov�vel) candidato do Nordeste (Eduardo Campos, governador de Pernambuco) que, seguramente, divide o eleitorado. Ele e Marina Silva s�o candidaturas que, provavelmente, come�ar�o com 15% ou mais de inten��o de voto.

Apesar desse cen�rio adverso, a presidente Dilma mant�m �ndices folgados de avalia��o positiva pessoal, de governo e de inten��o de voto...

H� uma exacerba��o da propaganda p�blica e da imagem da presidente e uma diminui��o da oposi��o no Parlamento. A capacidade de superfaturar as realiza��es p�blicas � �bvia quando a presidente da Rep�blica ocupa, �s v�speras das pesquisas, o espa�o na televis�o para anunciar bondades para a popula��o.

Eduardo Campos divide os votos apenas dos governistas? Existem analistas que acreditam que ele est� invadindo o espa�o dos tucanos tamb�m.

Ela (candidatura de Eduardo Campos, se confirmada) divide os votos que o governo teria no Nordeste. Por isso, precisamos manter as nossas bases no Sudeste. O que implica, de maneira muito clara, j� que nosso candidato � mineiro, com fortes la�os no Rio de Janeiro, manter nossa posi��o de hegemonia em S�o Paulo.

Uma das bandeiras do PT em 2014 � conquistar o governo de S�o Paulo. O PSDB caminha para 20 anos de governo no estado. Ser� uma elei��o mais dif�cil do que as outras?

N�o h� elei��o f�cil. Se Fernando Haddad (prefeito de S�o Paulo, do PT) se confirmar como administrador competente, ele tem mais capacidade de interferir na elei��o estadual. Em S�o Paulo, estamos no poder h� muitos anos e isso gera relativo desgaste. A gente tem que enfrentar isso e resolver os problemas. Precisamos dessa vit�ria e dessa unidade. Se n�o tivermos unidade em S�o Paulo, n�o seremos beneficiados pela divis�o que as candidaturas de Eduardo Campos e Marina Silva provocar�o no Nordeste.

O tucanato paulista est� mais simp�tico � tese de um presidenci�vel mineiro?

N�o faz 30 dias que o PSDB de S�o Paulo recebeu o prov�vel candidato A�cio Neves em uma reuni�o do partido, na qual estavam presentes dezenas de prefeitos, a executiva estadual inteira e mais de 30 deputados federais, em uma prova de unidade clara.

O ex-governador Jos� Serra n�o estava presente…

O ex-governador Jos� Serra, sem o qual nossa unidade estar� capenga, estava viajando. � indispens�vel, para o conjunto de nossas for�as, contar com a colabora��o de Jos� Serra para que elas n�o fiquem prejudicadas.

O senhor imagina Serra deixando o PSDB?

N�o. O eleitor do Serra confunde o Serra com o PSDB e o PSDB com Serra.

O presidente de um partido tem trabalho para organizar palanques e fechar coliga��es. Acumular essa tarefa com a de candidato a presidente da Rep�blica n�o � esfor�o grande demais?

A�cio ainda � desconhecido. Na hora em que ele assumir o partido, ter� mais chance de se deslocar pelo Brasil inteiro. E, principalmente, de conquistar os nossos militantes, nossos quadros.

Antecipar em quase dois anos a elei��o presidencial � bom para quem?

A antecipa��o da elei��o presidencial quem fez foi o governo. Pela raz�o clara de que quis, desde logo, soldar a sua base. Para A�cio Neves foi importante porque ele poder� ter maior exposi��o. A�cio j� vai chegar na campanha bem mais conhecido. 


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