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Estado de Minas

Venezuela, Paraguai e Chile escolhem novos presidentes


postado em 14/04/2013 00:12 / atualizado em 14/04/2013 07:36

A partida mais importante � a que se joga hoje na Venezuela, mas outras elei��es, marcadas para este ano, dir�o para que lado se inclina o p�ndulo da pol�tica sul-americana. Aparentemente, n�o h� vento liberal amea�ando a hegemonia dos governos de centro-esquerda, chamados de populistas pelos advers�rios, respons�veis por mudan�as econ�micas e sociais importantes para uma regi�o que j� foi sin�nimo de subdesenvolvimento.

O pleito de hoje na Venezuela � uma esquina hist�rica. Dir� se o chavismo sobreviver� sem Ch�vez. Delega��es de mais de 150 pa�ses est�o em Caracas para observar o pleito e atestar sua lisura, o que � fundamental para a estabilidade democr�tica do pa�s. A imprensa internacional montou aparato para uma grande cobertura. A elei��o ocorre sob a sombra forte de Ch�vez, num pa�s ainda comovido com sua morte. Sinal disso � a palavra de ordem dos chavistas: “Ch�vez, te juro, meu voto � pra Maduro”. Em vida, ele apontou como sucessor seu vice e agora candidato, Nicol�s Maduro. Ele n�o tem o carisma do l�der morto, mas a sagra��o o popularizou. R�plicas de seu bigode, aos milh�es, tornaram-se o principal �cone da campanha. O candidato da oposi��o, Henrique Caprilles, que concorre pela segunda vez, apega-se ao fato de que “Maduro n�o � Ch�vez” e � exist�ncia, como aqui, de um bloco de eleitores que n�o � apaixonadamente a favor nem contra qualquer um dos polos. Caprilles levou mais de 1 milh�o �s ruas e prometeu aumento geral de sal�rios. Maduro respondeu com uma mar� vermelha, dizendo que “Ch�vez vive, a luta continua”. A campanha, marcada pelos insultos eleitorais de sempre, durou apenas 10 dias, o que favoreceu o candidato oficial. Segundo as pesquisas locais, ele encerrou a semana com cerca de 10 pontos de vantagem.

Os aliados regionais do chavismo ajudaram como puderam. Maradona subiu ao palanque e chorou. O governo Dilma mant�m a sobriedade, mas Lula enviou um v�deo de apoio a Maduro. As rela��es pol�ticas com o Brasil, por for�a dos interesses econ�micos bilaterais envolvidos, dificilmente seriam afetadas no caso de mudan�a de comando na Venezuela. O ingresso do pa�s no Mercosul parece irrevers�vel, nenhum governo o recusaria. E, para o Brasil, apesar das cr�ticas, abriu um grande mercado importador. Mudan�a dr�stica haveria na rela��o com os pa�ses “amigos”, tais como Cuba e Bol�via, entre outros, que se tornaram muito dependentes dos favores venezuelanos. Caprilles deixou claro que acabaria com eles, se eleito. Mas, com a elei��o transformada em julgamento de Ch�vez, dificilmente o chavismo perder� hoje. E, com isso, o p�ndulo fica onde estava.


Paraguai

No pr�ximo domingo, o Paraguai � que elege seu presidente, depois do impeachment de Fernando Lugo pelo Congresso, no ano passado. Considerando que houve ali um golpe, os demais presidentes do Mercosul suspenderam o Paraguai do bloco. A posse do novo presidente abrir� caminho para a reintegra��o, j� adiantou o chanceler Ant�nio Patriota. H� cinco candidatos inscritos numa corrida liderada pelo estreante e empres�rio milion�rio Hor�rio Catres, do Partido Colorado, conservador e olig�rquico, que mandou no Paraguai por 60 anos, at� a elei��o de Lugo. Como em segundo lugar est� outro candidato conservador, Efrain Allegre, do Partido Liberal, o Paraguai tende a seguir na contra-corrente, como a Col�mbia, em rela��o � maioria de seus vizinhos.


Chile

A elei��o presidencial no Chile, que n�o adota a reelei��o, ser� em novembro, mas a campanha j� est� nas ruas. Ali, a novidade � a prov�vel volta da ex-presidente Michelle Bachelet, do Partido Socialista, ao Pal�cio La Moneda, derrotando os conservadores que, em 2010, pela primeira vez depois do fim da ditadura, desalojaram a coaliz�o de esquerda do governo, elegendo o presidente Sebasti�n Pi�era. Com a passagem exitosa por um organismo internacional, o ONU Mulheres, Bachelet ampliou o prest�gio interno e ganhou aura de “figura global”. Explorando o mau momento do atual governo, ela acaba de apresentar seu staff de campanha e aparece nas ruas de Santiago em outdoors pregando “mais igualdade, n�o mais abusos”. Refere-se ao esc�ndalo do momento no Chile, o processo de impeachment do ministro da Educa��o, Harald Beyer. A C�mara acolheu a den�ncia na semana passada, autorizando o julgamento pelo Senado, onde a oposi��o teria votos para a destitui��o. Esse processo in�dito, embora previsto nas constitui��es de quase todos os pa�ses da regi�o, inclusive na nossa (j� pensou se a moda pega?), respingar� fortemente nos candidatos de partidos da base de Pi�era, Andr�s Allamand (RN) e Laurence Golborne (UDI). Com Bachelet eleita, o continente passaria a ter tr�s mulheres presidentes, e o bloco hegem�nico ganharia mais um aliado. O p�ndulo se moveria � esquerda.
Em 2014… elei��es no Brasil. A reelei��o de Dilma manteria o p�ndulo no lugar. Para os “hermanos”, curioso aqui � que ningu�m se declara liberal ou conservador. Todos s�o progressistas e reformadores.

 
Hora de enfrentar

Deve ser votado esta semana pela C�mara projeto do deputado Osmar Terra (PMDB-RS) que torna mais rigorosa a Lei Antidrogas em vigor, que � de 2006. De l� para c�, a quest�o se agravou, com o dom�nio do crack. A proposta autoriza a interna��o involunt�ria de dependentes, a pedido da fam�lia ou por iniciativa do Estado. A quest�o � grave demais para que suas excel�ncias deliberem com a perspectiva eleitoral que tem contaminado tudo.


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