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Estado de Minas

Pol�tica econ�mica de Dilma � alvo de cr�ticas do setor financeiro

H� um ano e meio da elei��o presidencial, influentes integrantes do mercado mostram prefer�ncia a nomes como A�cio Neves e Eduardo Campos em 2014


postado em 22/04/2013 07:31 / atualizado em 22/04/2013 07:47

S�o Paulo, 22 - A lua de mel que o mercado financeiro viveu com o governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva dissipou-se na gest�o da presidente Dilma Rousseff. A atual pol�tica econ�mica tornou-se alvo de cr�ticas do setor que, h� um ano e meio da elei��o, mostra prefer�ncia pelos nomes do senador A�cio Neves (PSDB-MG) e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O jornal O Estado de S. Paulo conversou com dez influentes integrantes do mercado, entre os quais banqueiros, economistas de institui��es financeiras, operadores e donos de fundos de investimento. Com o compromisso de n�o se identificarem, eles tra�aram um diagn�stico convergente sobre a gest�o Dilma. Emitiram, ainda, opini�es sobre a sucess�o do ano que vem e os demais presidenci�veis.

Apesar da resist�ncia � presidente e, especificamente, ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, os integrantes do mercado avaliam que Dilma vencer� a elei��o. E no 1.º turno. A�cio e Campos j� buscam aproxima��o com o mercado, tradicional financiador de campanhas. Neste ano, os dois se reuniram com donos de bancos e gestores de fundos. Dilma, que manteve pouco di�logo com o setor nos dois primeiros anos de mandato, acatou conselho de Lula e, a partir de janeiro, come�ou a conversar com banqueiros no Planalto.

Dilma desperta mais restri��o no mercado que Lula. Ap�s anos de desconfian�a m�tua, o petista come�ou a mudar o paradigma em 2002, quando prometeu honrar os contratos por meio da Carta ao Povo Brasileiro. “Lula foi fant�stico para pobres e ricos. Dilma, nem para ricos nem para pobres, que est�o vendo a infla��o corroer sal�rios”, disse o dono de um fundo de investimento.

A conjuntura econ�mica no governo Lula favoreceu a rela��o. Na sua gest�o, contou com cen�rio externo favor�vel, que, aliado a uma pol�tica de aumento real do sal�rio m�nimo e de amplia��o dos mecanismos de transfer�ncia de renda, permitiu crescimento econ�mico. Lula manteve integrantes do governo FHC na equipe, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, era executivo de banco.

Dilma recebeu um real valorizado de R$ 1,65 por d�lar e assiste � queda no pre�o das commodities. Al�m da conjuntura, h� o estilo: com ela haveria menos di�logo e mais resist�ncia � iniciativa privada e interfer�ncia no BC. Na semana passada, a taxa de juros aumentou 0,25 ponto porcentual e foi para 7,5%, ap�s declara��es pol�micas de Dilma sobre o tema que afetaram o mercado.

“A imagem de Dilma est� em processo de deteriora��o galopante no mercado. Ela d� sinais conflituosos, interfere na economia com m�o pesada e n�o tem agenda de reformas”, afirmou o diretor de um banco estrangeiro.

A posi��o de integrantes do mercado � ponderada por alguns acad�micos. Para Francisco Lopreato, da Unicamp, a mudan�a no patamar de juros na gest�o Dilma est� por tr�s da insatisfa��o. “Voc� tem que tirar um pouco o doce da boca da crian�a e provavelmente eles v�o chorar mesmo.

“A presidente fez mudan�as importantes na economia, todas elas, ali�s, reclamadas por amplos segmentos empresariais: redu��o dos juros, estabiliza��o cambial, redu��o do custo da energia, desonera��o da folha de pagamentos, investimento em infraestrutura em parceria com o setor privado etc. Como em qualquer mudan�a, h� sempre interesses contrariados, mas creio que s�o minorit�rios”, disse Ricardo Carneiro, diretor do Banco Interamericano de Desenvolvimento.


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