Para quebrar a hegemonia tucana no governo de Minas nas elei��es do ano que vem, integrantes dos partidos de oposi��o no estado pretendem atuar de forma mais coesa nas cr�ticas ao governador Antonio Anastasia (PSDB). Nessa segunda-feira, em almo�o com o ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior e pr�-candidato do PT ao Pal�cio da Liberdade, Fernando Pimentel (PT), parlamentares do PT, PMDB, PRB e PCdoB come�aram a planejar a retomada do bloco de oposi��o na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que se desfez no fim de 2011. A reuni�o foi no chamado Ninho das �guias, que funciona no �ltimo andar do Anexo da ALMG. A inten��o, segundo os deputados, � unificar o grupo ainda este ano, construindo desde j� um discurso mais duro para a disputa de 2014.
No encontro, os deputados cobraram de Pimentel uma presen�a mais efetiva em Minas para fortalecer as estrat�gias da oposi��o. Questionado sobre as articula��es para a campanha estadual, o ministro preferiu n�o comentar as conversas entre as legendas, mas avaliou que, com a nomea��o de Ant�nio Andrade (PMDB-MG) para o Minist�rio da Agricultura, a presen�a do governo federal no estado ser� mais constante. “Tenho vindo na medida da disponibilidade da agenda e do interesse no estado. N�o for�o minha presen�a em Minas Gerais, at� porque sou mineiro e n�o preciso disso. Mas tenho estado em tudo que diz respeito ao meu minist�rio na agenda mineira”, pontuou o ministro.
Para os deputados dos quatro partidos, a exist�ncia de dois pr�-candidatos ao governo de Minas – al�m de Pimentel, o senador Cl�sio Andrade (PMDB) declarou sua inten��o de disputar o Pal�cio da Liberdade – n�o ser� um obst�culo para a atua��o do bloco. A inten��o � criar um discurso �nico para o grupo e s� no ano que vem definir se haver� uma ou duas chapas de oposi��o. “Fazer esse bloco � formalizar o que j� existe na pr�tica e os entendimentos est�o se tornando maiores. O projeto � um s�, seja do senador Cl�sio ou de Pimentel, podendo haver duas candidaturas ou uma. O que for mais conveniente � vit�ria, n�s adotaremos. Isso vai depender da estrat�gia”, analisou o l�der do PMDB na Assembleia, deputado Adalclever Lopes.
Idas e vindas
O bloco de oposi��o foi desfeito duas vezes em raz�o de articula��es eleitorais. Os peemedebistas se uniram aos petistas em outubro de 2009, mas em julho de 2010, pouco antes das elei��es nacionais, se separaram porque integrantes do PMDB se consideraram preteridos na forma��o de coliga��es eleitorais.
Na legislatura que se iniciou em 2011, PMDB, PT PCdoB e PRB formaram novamente o bloco, mas foi por pouco tempo. J� no fim daquele ano, em virtude da elei��o na capital, nova ruptura. Parlamentares do PMDB n�o gostaram de ter sido preteridos na articula��es para o pleito de 2012. Antes do rompimento de �ltima hora entre o PT e PSB, de Marcio Lacerda, integrantes do PT defendiam publicamente a manuten��o da alian�a feita em 2008 com os tucanos. “Nas �ltimas elei��es n�o concordamos com a aproxima��o entre PT e PSDB, por isso aconteceram desencontros. Agora voltamos a uma mesma dire��o, buscando um projeto �nico”, garante o l�der do PMDB na Assembleia.