Caruaru (PE) – O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), recusou o convite para participar, em S�o Paulo, ao lado do prov�vel candidato do PSDB � presid�ncia, A�cio Neves, da festa promovida pela For�a Sindical, repleta de cr�ticas � presidente Dilma Rousseff, em homenagem ao Dia do Trabalho. Ele quer evitar novos atritos com o governo federal neste momento. Mas a agenda local n�o significou, contudo, diminui��o no tom de campanha presidencial. Campos aproveitou o feriado de 1º de Maio para testar sua popularidade perante os movimentos sociais pernambucanos.
O evento de ontem tamb�m � um contraponto do socialista ao discurso dos �ltimos meses, direcionado aos empres�rios e � classe m�dia, que aborda a crise econ�mica, o pacto federativo e a distribui��o dos royalties. Ontem, Eduardo quis mostrar que continua transitando bem nos movimentos sociais de esquerda, tradicionais aliados do PT.
A agenda come�ou cedo, �s 9h20, com uma visita ao programa Terra Irrigada, criada no Assentamento Normandia, em Caruaru, no agreste de Pernambuco. O governador andou por um peda�o de terra recentemente arada, ao lado do coordenador estadual do MST, Jaime Amorim, fez an�ncios de cisternas e desapropria��es de engenhos. O secret�rio estadual de Agricultura, Ranilson Ramos, refor�ou que Pernambuco tinha quintuplicado os recursos para a �rea, passando de R$ 140 milh�es em 2006 para R$ 700 milh�es este ano.
Em visita � Fazenda Normandia, como parte das comemora��es de 20 anos do assentamento de 40 fam�lias na regi�o, Campos fez duras cr�ticas � pol�tica agr�ria de tucanos e petistas. “As cidades brasileiras e nordestinas cresceram s� Deus sabe como”, disse. “Fazer a reforma agr�ria n�o � s� uma tarefa do movimento social, � uma tarefa de governos em todos os n�veis. N�o � apenas dar acesso � terra, � preciso ter pol�ticas que estruturem essa terra”, completou.