Bertha Maakaroun
O vereador Wellington Magalh�es (PTN) tem se especializado, ao longo dos �ltimos anos, em atrair eleitores para megaeventos em pra�a p�blica. Reportagem do Estado de Minas em 18 de fevereiro de 2008, ano eleitoral, mostrou que na virada dos 41 anos, ele fechou duas pistas ao longo de quatro quarteir�es da Avenida Am�rico Vesp�cio, Regi�o Noroeste, base eleitoral do parlamentar. Atraiu mais de 10 mil eleitores em torno de um showm�cio com o cantor Eduardo Costa, que foi encerrado com o apote�tico Parab�ns e a distribui��o de camisetas amarelas-fosforecentes, com o recado: “Wellington Magalh�es. Este faz!” Do escrit�rio do vereador, os convidados “especiais” acompanharam as festividades, servidos por buf� e brindando pela janela, protegida por seguran�as, a fanfarra popular. Na ocasi�o, ele n�o revelou o custo do entretenimento: foi oferta de amigos, argumentou. Elegeu-se vereador.
Com tantos e t�o bons amigos, no ano seguinte Magalh�es tentaria repetir o modelo da bem-sucedida receita “eleitoral”, j� de olho na Assembleia Legislativa em 2010. Nova reportagem do Estado de Minas, de 23 de mar�o de 2009, mostrou que a comemora��o de seu anivers�rio, que seria naquele ano em 22 de mar�o – embora tenha nascido em 9 de fevereiro –, s� n�o entrou para o calend�rio das festas populares da Regi�o Noroeste por um percal�o: o Minist�rio P�blico obteve na Justi�a liminar impedindo o show, dessa vez do cantor Leonardo, sob o argumento de que n�o havia condi��es de seguran�a no local, que fica nas proximidades do Complexo Sumar�. Reunidos aos milhares na Avenida Am�rico Vesp�cio, os eleitores ficaram impedidos de celebrar a importante data e repetir o Parab�ns, ao final da cantoria. Foram for�ados a contentar-se, �quela altura, em acenar para o astro, que se manteve � janela do escrit�rio do frustrado vereador. Amargo “bolo”. No ano seguinte, Wellington renunciaria � candidatura a deputado estadual.