Bras�lia – A presidente Dilma Rousseff disse ontem, em visita � Eti�pia, que o Bolsa-Fam�lia pode ter tido falhas e que o governo federal precisa aprimorar a fiscaliza��o do programa. Para ela, o problema registrado no fim da semana passada, quando boatos sobre o fim do benef�cio provocaram uma corrida a ag�ncias da Caixa Econ�mica Federal de 12 estados, tem que ser transformado em ganho.
"Usamos a tecnologia da informa��o mais sofisticada poss�vel com o Bolsa-Fam�lia. A Pol�cia Federal e a seguran�a da Caixa v�o procurar todos os motivos e v�o elenc�-los. O que fazemos � garantir que seja o menos poss�vel de ser objeto de falha interna", disse a presidente. "O que a gente pode tirar de bom disso? Que vamos estar sempre mais atentos agora para essa possibilidade, porque durante 10 anos, nunca houve isso", disse.
Enquanto a presidente seguia na �ltima sexta-feira para Adis Abeba, na Eti�pia, para participar do anivers�rio de 50 anos da Uni�o Africana, a Caixa Econ�mica Federal divulgou no mesmo dia uma nota admitindo que alterou o calend�rio de pagamento do benef�cio. Os saques foram liberados de uma s� vez, o que antes ocorria em v�rios dias, conforme a data final do benef�cio.
Telemarketing Para a presidente, uma "falha t�pica" n�o explica a boataria em v�rios estados. Ela n�o quis, no entanto, comentar as investiga��es da Pol�cia Federal, que ouvir� as primeiras pessoas que receberam as mensagens sobre o fim do Bolsa-Fam�lia para descobrir como o boato surgiu e se espalhou. Segundo reportagem da Ag�ncia Brasil, a PF j� levantou informa��es sobre pessoas que receberam telefonemas a respeito do Bolsa-Fam�lia no fim da semana passada. Uma das linhas de investiga��o � de que os telefonemas partiram de uma empresa de telemarketing com sede no Rio de Janeiro. A Caixa teria ficado de repassar � pol�cia dados sobre os dois primeiros saques feitos ap�s o in�cio dos boatos.
Na Eti�pia, Dilma Roussef afirmou que a participa��o do novo ministro do STF no julgamento do mensal�o n�o foi levada em considera��o no momento da indica��o do advogado Lu�s Roberto Barroso para a vaga de Carlos Ayres Britto. Ela comentou tamb�m a rela��o com o PMDB. Disse que “h� flutua��es”, mas que os atritos n�o s�o significativos “do ponto de vista da qualidade da alian�a com o PMDB”. “N�s n�o vemos nenhum problema nas rela��es com o PMDB. Nenhum”, afirmou.