Lula quer participar do plebiscito para a reforma pol�tica

O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva Lula quer participar ativamente da campanha a favor do plebiscito da reforma pol�tica defendido pela presidente Dilma Rousseff. No encontro que teve com Dilma, na semana passada, para tratar das grandes manifesta��es nas ruas, Lula teria sugerido que ela encampasse o debate sobre a reforma pol�tica, segundo fontes ouvidas pelo Estado.

Lula reuniu-se na �ltima ter�a-feira (25) pela manh� com representantes de movimentos sociais aliados do governo para ouvi-los a respeito da onde de protestos. Nas conversas, defendeu a limita��o de reelei��es dos mandatos eletivos (para deputado, senador e vereador). O petista lembrou que, quando presidente do Sindicado dos Metal�rgicos do ABC, reformou o estatuto da entidade para proibir reelei��es seguidas dos cargos de dire��o.

De acordo com um dos participantes da reuni�o, o ex-presidente demonstrou curiosidade sobre as ferramentas das redes sociais para chamar o povo �s ruas, como o Facebook, o Twitter e outros semelhantes. Lula disse que mobiliza��es pela internet seriam valiosas para aprovar a reforma pol�tica. O ex-presidente estaria empenhado em testar as redes sociais para mobiliza��es pol�ticas.

Participaram da reuni�o com Lula representantes da Uni�o da Juventude Socialista, bra�o do PC do B, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da Juventude PT, da Juventude MST e da Marcha Mundial das Mulheres, este tamb�m ligado ao PT.

Entre os assessores de Lula estavam presentes os ex-ministros Luiz Dulci (Secretaria-Geral) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), que o acompanharam depois da funda��o do Instituto Lula.

�frica

O ex-presidente contou que viaja nesta sexta-feira para a �frica, onde participar� de eventos sobre o combate � aids e � fome e que, ao retornar ao Brasil, pretende ajudar na mobiliza��o a favor da reforma pol�tica.

Conforme um dos participantes do encontro, Lula falou que a defesa do passe livre (reivindica��o que deu in�cio � ocupa��o das ruas) para o transporte era “justa” e que, na sua opini�o, o cen�rio era otimista.

Depois de indagar aos presentes o que estava levando grupos a praticarem o vandalismo, Lula ouviu dos representantes dos movimentos sociais que a rea��o ocorria por causa de ataques da Pol�cia Militar de S�o Paulo aos participantes de uma passeata, no dia 13 deste m�s.

Os representantes dos movimentos sociais disseram a Lula que fazem parte de uma gera��o que tinha entre 8 e 13 anos quando o ex-presidente assumiu o governo. Nasceram j� no Estado Democr�tico de Direito e, portanto, diferentemente das gera��es anteriores, “a mo�ada de agora” s� conhecia o pleno direito de manifesta��o. E que, por interm�dio das redes sociais, milh�es se mobilizaram para reagir a agress�es.