Depois das manifesta��es que tomaram as ruas nas �ltimas semanas a presidente Dilma Rousseff decidiu n�o comparecer, neste domingo, ao jogo entre Brasil e Espanha, na final da Copa das Confedera��es. A ideia inicial de Dilma era estar presente no Maracan� no encerramento do campeonato, apesar de ter recebido uma sonora vaia, em Bras�lia, na abertura da competi��o, no est�dio Nacional (Man� Garrincha).
Mas, preocupada com o acirramento dos �nimos e aconselhada por auxiliares diretos, a presidente entendeu que seria uma exposi��o desnecess�ria ir ao Maracan� onde certamente o p�blico dominante seria hostil � sua presen�a, repetindo as vaias da abertura da Copa das Confedera��es, ainda mais no Rio de Janeiro estado onde os torcedores s�o ainda mais irreverentes. Em 2007, o seu antecessor e padrinho pol�tico, Luiz In�cio Lula da Silva, tamb�m foi vaiado no Maracan�, na abertura dos Jogos Pan-Americanos.
N�o havia uma justificativa oficial para a mudan�a de planos da presidente, apesar de ela estar trabalhando no texto das perguntas para o plebiscito, na elabora��o das regras para contrata��o dos m�dicos estrangeiros e se preparando para uma reuni�o ministerial.
No dia seguinte �s vaias, em Bras�lia, na capital federal, os auxiliares diretos da presidente Dilma asseguraram que ela n�o se intimidaria e estaria presente na final. Mas os planos mudaram com a amplia��o dos protestos, principalmente em volta dos est�dios, e levaram a presidente a desistir de ir ao Rio de Janeiro para n�o se submeter a uma nova vaia.
Depois de ficar at�nita com as crescentes manifesta��es, tentando entender o que estava acontecendo, a presidente Dilma passou as duas �ltimas semanas se reunindo com interlocutores de v�rios segmentos para preparar uma rea��o do governo.
A previs�o de estar no Maracan� neste domingo, para a final da Copa das Confedera��es, chegou a entrar na previs�o de agenda da presidente Dilma, mas sumiu do sistema de informa��es. O escal�o precursor, que viaja antecipadamente para verificar as condi��es da cidade a ser visitada pela presidente, nem chegou a ser acionado. Na noite de sexta-feira, a informa��o oficial era que Dilma n�o iria ao Rio de Janeiro.
Desde o in�cio a presidente Dilma tinha inten��o de comparecer � final da Copa das Confedera��es. Tanto que, em fevereiro, quando esteve na Nig�ria, chegou a desejar boa sorte ao time nigeriano na Copa das Confedera��es e afirmou: "Asseguro que sua sele��o ser� muito bem recebida no Brasil, em junho, para a Copa das Confedera��es. Tenho certeza que o presidente Goodluck Jonathan e eu assistiremos juntos � final Brasil e Nig�ria no Maracan�".