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Estado de Minas

Protestos no Rio em clima de paz terminam em confronto com a pol�cia

Apesar da manifesta��o pac�fica na maior parte do tempo, confrontos levaram tens�o �s proximidades do Maracan�


postado em 01/07/2013 06:00 / atualizado em 01/07/2013 09:39

Jo�o Valadares
Enviado especial

Pedro Ven�ncio e Diego Abreu


Festa da Democracia: de dia, em um protesto sem incidentes, mais de 5 mil pessoas cobrararam melhorias na saúde e ducação(foto: Iano Andrade/CB/D.A Press)
Festa da Democracia: de dia, em um protesto sem incidentes, mais de 5 mil pessoas cobrararam melhorias na sa�de e duca��o (foto: Iano Andrade/CB/D.A Press)

Praça de Guerra: à noite, do lado de fora do estádio, a polícia reagiu aos taques promovidos por um grupo de manifestantes(foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo)
Pra�a de Guerra: � noite, do lado de fora do est�dio, a pol�cia reagiu aos taques promovidos por um grupo de manifestantes (foto: Domingos Peixoto/Ag�ncia O Globo)

Rio de Janeiro e Bras�lia – Se dentro de campo o Brasil conquistou a Copa das Confedera��es com uma vit�ria incontest�vel sobre a Espanha, no lado de fora do Maracan�, um conflito entre policiais e manifestantes deu a t�nica de mais um dia conturbado no pa�s. O protesto foi iniciado � tarde de maneira pac�fica, mas, no come�o da noite, transformou os arredores do est�dio em uma verdadeira pra�a de guerra. Bombas foram lan�adas por policiais em resposta a pedras e garrafas arremessadas. Houve tiros com balas de borracha, pessoas feridas e desespero entre moradores e comerciantes, que tiveram que fechar as portas cedo.

Os manifestantes sa�ram pacificamente da Pra�a Saens Pe�a, no Bairro da Tijuca, a um quil�metro do Maracan�, em dire��o aos arredores do est�dio. Ao longo do caminho, o protesto foi ganhando ades�es. Na linha de frente, homens encapuzados vestiam roupas pretas. Por volta das 18h, o grupo chegou ao cruzamento da Rua S�o Francisco Xavier com a Avenida Maracan�, onde a pol�cia montou tr�s linhas de isolamento – com homens da Pol�cia Militar (PM), da For�a Nacional e da tropa de choque – para impedir que os ativistas se misturassem aos torcedores.

A manifesta��o, que at� ent�o seguia pac�fica, ganhou contornos de guerra por volta das 18h30, quando parte dos mais de 5 mil manifestantes come�aram a jogar garrafas de pl�stico e pedras em dire��o aos policiais. A rea��o da pol�cia foi imediata. De forma truculenta, os PMs avan�aram com for�a m�xima em dire��o � multid�o. Lan�aram bombas de g�s lacrimog�neo, de efeito moral e sprays de pimenta, al�m de dispararam tiros com balas de borracha. O caveir�o – ve�culo blindado da tropa de choque da PM – foi ao encontro dos manifestantes, com rifles mirados para as pessoas.

No momento mais tenso do conflito, que durou cerca de uma hora, os manifestantes n�o recuaram e come�aram a disparar fogos de artif�cio e pedras contra os policiais. O cen�rio era ca�tico. Homens encapuzados tentaram fazer barricadas com fogo para impedir o avan�o dos policiais. Tudo aconteceu entre dois postos de gasolina. Ignorando os riscos de explos�o, policiais continuaram a jogar bombas e os manifestantes, fogos.

Os jornalistas que faziam a cobertura do protesto ficaram encurralados em dos postos de combust�vel. Aos gritos, um policial amea�ou os profissionais. “Quem ficar aqui vai morrer!”, repetia o PM. De outro lado, pessoas passavam mal. Uma mulher com o filho no colo chorava muito.

Com as m�os para o alto, um policial do alto comando do choque pediu para os manifestantes destacarem um negociador, mas n�o houve tr�gua. O grupo se dispersou somente por volta das 19h30, por efeito das bombas que deixaram as pessoas sem conseguir respirar nem enxergar.

Ao fim da partida, o clima era pac�fico nas ruas que cercam o Maracan�. Um conflito isolado ocorreu na Rua Moraes e Silva, onde tr�s bombas explodiram. Entre os manifestantes, a maioria protestava contra a realiza��o da Copa do Mundo no pa�s e contra a concess�o do Maracan� para a iniciativa privada. Havia algumas pessoas com bandeiras do PSTU e do PCdoB, que n�o foram amea�adas, como ocorreu em atos anteriores.

A pol�cia apreendeu 17 coquet�is molotov, sete deles com um �nico manifestante. Em uma rede social, o major Ivan Blaz, rela��es-p�blicas da PM, afirmou que a corpora��o tentou negociar, mas em v�o. “N�o houve possibilidade de negocia��o, eles se recusam a negociar”, enfatizou. Cerca de 7 mil homens das pol�cias participaram da opera��o. Segundo a PM, pelo menos oito pessoas ficaram feridas.

Dentro do est�dio, torcedores relataram ter sentido irrita��o nos olhos, provocada pelo uso de sprays de pimenta e bombas de g�s lacrimog�neo por policiais na �rea externa do Maracan�. Por volta dos 30 minutos do primeiro tempo do jogo, o p�blico come�ou a reclamar de inc�modo nos olhos. “J� est�vamos sentindo algo estranho na arquibancada. Quando fui ao bar do est�dio, mais pr�ximo da �rea externa, meu olho ardeu muito, queimou”, relatou o advogado Andr� Pinheiro, 34 anos. (Colaborou Amanda Almeida)

 


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