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Estado de Minas

'Dilma Bolada' tira proveito da crise


postado em 01/07/2013 14:12 / atualizado em 01/07/2013 14:14


Enquanto a presidente Dilma Rousseff est� tendo de lidar com a queda brusca nos �ndices de aprova��o de sua popularidade, a hom�nima Dilma Bolada, s�tira da 'presidente mandona' que faz sucesso nas redes sociais, vive dias bem mais tranquilos. O pai da personagem, como o pr�prio Jeferson Monteiro se define, conta em entrevista exclusiva ao Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, que foi justamente neste momento de crise que a personagem contabilizou o seu maior crescimento, desde a cria��o, em 2010. O estudante de publicidade � um admirador da presidente Dilma, apesar de nunca ter sido filiado a um partido pol�tico, e afirma que a hist�ria do perfil come�ou justamente por isso.

Foram cerca de 64 mil novos f�s no Facebook entre os dias 15 e 27 de junho. A m�dia de 5.300 novas curtidas por dia representa um aumento de 350% na compara��o com os n�meros das semanas anteriores. "Pode-se dizer que este � um case bem sucedido de gerenciamento de crise nas redes sociais, pois foi o maior per�odo de crescimento da p�gina at� hoje", diz Jeferson, lembrando que sua s�tira, com 425 mil f�s, � mais popular que qualquer outra p�gina de pol�tico no Facebook no Brasil. No Twitter s�o 133 mil seguidores do @diImabr, 18 mil deles chegaram na segunda quinzena de junho.

A mudan�a de postura da "Bolada" come�ou junto com os dias dif�ceis da presidente, no momento em que ela foi vaiada em Bras�lia na abertura da Copa das Confedera��es. "Ali j� come�ava um momento muito delicado, a imagem da Dilma j� sofria algum impacto. At� ent�o era um personagem inspirado em uma presidente que j� teve quase 80% de aprova��o", diz seu criador. Ele conta que tinha tr�s op��es: "ou eu deixava a personagem calada, ou assumia uma posi��o de oposi��o ao governo - postura que n�o tenho particularmente -, ou eu agia ao lado dos manifestantes e sem ser contra a presidente, sendo o mais imparcial poss�vel". Ele escolheu a �ltima.

Seguindo esta linha, Jeferson denunciou na p�gina abusos policiais e deu um tom mais s�brio � sua personagem, diminuindo, inclusive o uso de hashtags, marca da personagem. "Aquela autoexalta��o dela ficou de lado. Se eu posto 'sou diva, sou isso e aquilo' poderia causar raiva". Com o aumento no fluxo de informa��es nas redes sociais durante o per�odo de manifesta��es ele optou por postagens mais curtas porque "as pessoas n�o paravam para ler".

Mesmo certo de que adotou a melhor postura, Jeferson n�o escapou das cr�ticas. "Est� evidente que deixou de ser um olhar debochado de nosso sistema pol�tico e passou a ser um amor plat�nico pela presidenta. Valeu. At� nunca mais", disse uma ex-seguidora. Entre os dias 14 e 24 de junho, no auge das manifesta��es, 7.413 pessoas deixaram de seguir a p�gina. Em contrapartida, desde os an�ncios dos pactos, ele conta que voltaram os coment�rios com elogios, as pessoas chamando de 'Rainha da Na��o', coisa que diminuiu muito durante a crise".

Perguntado sobre a repercuss�o do recuo do governo na quest�o da Constituinte exclusiva, Jeferson diz que a maioria dos f�s da p�gina n�o se importou com isso. "O que falou mais alto foi o plebiscito e a reforma pol�tica."

Protestos


Mesmo sendo admirador confesso da presidente Dilma, Jeferson, que tem 23 anos, se diz a favor das manifesta��es por melhorias em nosso Pa�s e afirma que tamb�m chegou a ir �s ruas. "At� fui em uma (marcha), mas achei tudo muito confuso". Mesmo assim, faz uma avalia��o positiva do governo da presidente, pois acredita que ela n�o tem culpa de todos os problemas que o Pa�s enfrenta. "No dia do pronunciamento em cadeia nacional eu li uma frase que dizia. 'Quem achava que a Dilma Rousseff ia vir � TV e resolver tudo de uma vez s� deve ser o mesmo que acredita que a Dilma Bolada � o perfil oficial da presidenta'. As pessoas tinham vontade de ver ela encarnar a Bolada ali, uma postura de socar a mesa e colocar ordem."

Apesar da admira��o, Jeferson v� falhas na forma como a presidente Dilma Rousseff lidou com a crise, principalmente na comunica��o. As pessoas, segundo ele, est�o cansadas da linguagem t�cnica. "Na hist�ria dos m�dicos, por exemplo, faltou uma explica��o mais simples, como a que foi dada pela Bolada", comenta o estudante, numa refer�ncia ao post que mostra que o Brasil criou mais vagas para m�dicos do que as universidades foram capazes de formar nos �ltimos anos. Jeferson conta que pensou muito antes de entrar na pol�mica, mas ficou satisfeito ao ler coment�rios como "est� melhor que (a Dilma) original" e "muito explicativo".


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