Bras�lia - O vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, afirmou que considera o plebiscito um m�todo de consulta popular mais democr�tico que o referendo. O governo sugeriu ao Congresso de maneira formal nesta ter�a-feira a ado��o desse mecanismo para ouvir a popula��o sobre uma reforma pol�tica no Pa�s, mas Temer admitiu dificuldades para a implementa��o de mudan�as j� para 2014. Ele participou de um semin�rio promovido pela Funda��o Ulysses Guimar�es, ligada ao PMDB, para debater as manifesta��es nas ruas.
Em sua exposi��o no evento, Temer foi al�m destacando que, no caso da reforma pol�tica, um referendo pode ser rejeitado n�o por seu conte�do, mas por descontentamento com a classe pol�tica. "Em mat�ria de reforma pol�tica, � muito grave, se esse projeto formatado pelo Congresso Nacional n�o for aprovado pelo povo n�o � porque eles leram o projeto de reforma pol�tica, ser� porque houve uma rejei��o � classe pol�tica".
Na sa�da da C�mara, o vice-presidente admitiu a dificuldade de se cumprir o prazo de realizar o plebiscito e aprovar os projetos decorrentes da vontade das urnas antes de outubro deste ano para fazer as elei��es de 2014 com as regras novas. Temer ressaltou que ainda falta saber da Justi�a Eleitoral o tempo necess�rio para a realiza��o da consulta e saber do Congresso se concorda em mudar as regras de imediato.
"Precisamos ter uma resposta ainda do TSE, se disser que demora tr�s meses, como vai fazer pra agora? Mesmo que seja menos (tempo), n�o � f�cil processar uma emenda constitucional na fase de um m�s. Se sair o plebiscito, e a �nica sugest�o do governo � que saia o plebiscito, o Congresso vai definir quando vai sair", afirmou Temer.
O vice-presidente disse ainda que as respostas �s ruas n�o se limitam � proposta para a reforma pol�tica. Ele destacou que a presidente Dilma Rousseff j� discutiu em reuni�o com governadores e prefeitos poss�veis medidas administrativas nas �reas de educa��o, sa�de, transporte e seguran�a. Durante o evento, Temer considerou natural a eclos�o dos protestos e afirmou que o Pa�s caminha para uma nova fase da democracia, depois de ter ampliados direitos individuais e sociais, na qual a popula��o far� cobran�as mais efetivas sobre a qualidade dos servi�os p�blicos.