O presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), afirmou nesta ter�a-feira que a vota��o do plebiscito para fazer uma reforma pol�tica valer para as elei��es de 2014 � algo "absolutamente invi�vel" do ponto de vista pr�tico e uma mat�ria "diversionista" do governo Dilma Rousseff. O Executivo enviou nesta ter�a ao Congresso uma mensagem conclamando o Legislativo a realizar a reforma do sistema pol�tico.
"A presidente da Rep�blica quer dizer aos brasileiros que aquilo que os fez ir �s ruas foram as propostas que interessam ao PT na reforma pol�tica. E a calamidade da sa�de p�blica, a fal�ncia da mobilidade urbana, o aumento da criminalidade? Mais uma vez, o governo mostra que n�o entendeu absolutamente nada que a popula��o brasileira quis dizer", afirmou, em entrevista coletiva no Senado.
Para o presidente do PSDB, o governo federal n�o quis conversar com a oposi��o e n�o h� mais sentido em ter essas conversa com a presidente. "N�s apresentamos ao Brasil uma agenda positiva. A presidente n�o gosta do di�logo, prefere o mon�logo. Para isso, fez uma reuni�o com governadores e prefeitos, constrangendo a todos, apenas ela falou", disse. Ele destacou que a "agenda que interessa ao Brasil mais uma vez est� sendo adiada pelo governo".
O tucano lembrou que no segundo turno da elei��o de 2010, o candidato do PSDB Jos� Serra obteve 44% dos votos. Ele classificou como desrespeito a apresenta��o do plebiscito "para com metade da popula��o brasileira" que votou em candidatos que n�o foram ela. "� um grav�ssimo equivoco do governo, que parece que n�o entendeu absolutamente nada do que veio das ruas", alfinetou.
Padr�o Felip�o
O presidente do PSDB ironizou a declara��o dita na noite desta segunda, 1º, pela presidente segundo a qual o padr�o do seu governo � o do t�cnico Felip�o, o treinador da sele��o brasileira de futebol que no domingo venceu a Copa das Confedera��es ao derrotar a Espanha por 3 a 0.
"Se o Felip�o governasse inspirado na presidente Dilma, n�s ter�amos a� mais de 40 jogadores em campo e embolaria muito o meio de campo, como est� embolado do governo desde a posse da presidente", criticou A�cio. Em entrevista coletiva, A�cio Neves chegou a dizer que, ao saber da reuni�o ministerial realizada com Dilma com a convoca��o dos seus 39 ministros, acreditou que ela iria demitir parte deles. "Achei at� que ela ia dizer: 'metade dos que est�o aqui, agrade�o a contribui��o, mas n�o precisamos mais que voc�s gastem o dinheiro p�blico'. Infelizmente isso n�o aconteceu".
Segundo o tucano, a presidente n�o fez qualquer "mea culpa", "n�o admitiu um equ�voco sequer". "Daqui a pouco vai ter algu�m do PT para dizer que a culpa de tudo de errado, dos desvios, da car�ncia de infraestrutura, � de responsabilidade do povo e n�o do PT, que governa o Pa�s h� dez anos", afirmou.