
A presidente Dilma Rousseff disse, nesta quinta-feira, durante cerim�nia de lan�amento do Plano Safra Semi�rido que ouviu a voz das ruas e que n�o vai descansar enquanto n�o atender "tudo o que for poss�vel e at� o que for imposs�vel" de ser executado. “Eu desejo que juntos sejamos capazes da altura do desafio que temos pela frente.Pois, juntos, temos a oportunidade de mudar e de forma acelerada o pa�s”, disse. Se mostrando bastante � vontade, Dilma afirmou que os protestos que tomaram conta do pa�s nas �ltimas semanas s�o por mais direitos e que as manifesta��es se diferenciam das que ocorrem em outros pa�ses. “Aqui as ruas falaram por mais direitos, e aqui eu quero dizer para voc�s que essa presidenta ouviu claramente a voz das ruas. Porque essa voz � legitima, e porque n�s temos uma democracia e faz parte da democracia a luta por mais direitos”, afirmou.
Aplaudida, Dilma chegou a ser interrompida pela plat�ia algumas vezes e brincou: “deixa eu acabar, sen�o o povo aqui morre de fome. E ta faltando pouco para eu acabar”. Isso porque a plat�ia formada, principalmente, por prefeitos j� acompanhava a cerim�nia desde o final da manh�. Al�m do lan�amento do Plano Safra, foram entregues m�quinas e �nibus escolares para os munic�pios baianos, al�m da emiss�o de um milh�o de documentos para trabalhadores rurais.
Durante sua fala, a presidente voltou a defender a realiza��o do plebiscito sobre a reforma pol�tica e para, segundo ela, “ouvir como as pessoas acham que devemos votar”. "Como o Executivo federal n�o pode fazer essa consulta, porque pela Constitui��o quem faz essa consulta � o parlamento, o Senado e a C�mara. Por isso, n�s fizemos a sugest�o para que o Congresso fizesse essa consulta”, explicou. A presidente afirmou que confia nas escolhas e na “intelig�ncia, esperteza e sagacidade” do povo brasileiro.
Ainda durante seu discurso, Dilma defendeu a destina��o dos royalties do petr�leo para a educa��o. Ela afirmou que al�m de investir na infraestrutura, como construir mais escolas e universidades, e necess�rio valorizar os professores. “N�s temos que pagar bem o professor, n�s temos que transformar a profiss�o para ser uma coisa que todos v�o querer. Por isso, tem que gastar dinheiro com educa��o, n�o � milagre”, afirmou. A presidente tamb�m afirmou que novas pol�ticas para a �rea de mobilidade e sa�de ter�o prioridade.
Dilma argumentou que, apesar de ser presidente de todos os brasileiros, tem de se preocupar com os que sofrem mais e justificou assim o Plano Safra Semi�rido, lan�ado nesta tarde na capital baiana. "N�o � necess�ria a ind�stria da seca, nem o sofrimento ou aquela situa��o de quase mis�ria que por muitos anos essa popula��o passou. N�o s�o necess�rias e aceit�veis migalhas de pol�ticos.
Dilma deveria ter ido � Bahia no m�s passado para apresentar o plano, mas a viagem foi adiada pela eclos�o dos protestos. Para o evento, um forte esquema de seguran�a foi montado em Salvador, impedindo que manifestantes se aproximem do centro de conven��es onde autoridades est�o reunidas.