Protesto perto do pr�dio do governador S�rgio Cabral termina em confronto

Seis manifestantes foram presos e quatro policiais militares ficaram feridos durante confronto no fim da noite de quinta-feira, 4, na rua Aristides Esp�ndola, onde fica o pr�dio habitado pelo governador S�rgio Cabral Filho (PMDB) no Leblon. Cerca de 400 manifestantes estavam no local, segundo a Pol�cia Militar (PM), quando o tumulto come�ou.

Bombas de g�s lacrimog�neo e de efeito moral foram atiradas por policiais na avenida Delfim Moreira, na praia do Leblon, endere�o de alguns dos mais caros im�veis cariocas. Manifestantes apedrejaram as tropas e os edif�cios de luxo da orla.

Com o estouro dos explosivos, os manifestantes dispersaram-se. Muito deles correram para a areia em dire��o � praia de Ipanema. Foram perseguidos pelos integrantes das tropas do Batalh�o de Choque. Segundo lideran�as dos protestos, as pessoas foram agredidas e humilhadas, pois teriam sido obrigadas a permanecer deitadas de bru�os, com os rostos enterrados na areia.

A manifesta��o, batizada de "Ocupa Cabral", come�ou a partir das 18h. Al�m de exigir melhorias nas �reas de sa�de, educa��o e seguran�a p�blica, transpar�ncias nos neg�cios p�blicos e o fim da viol�ncia policial, os manifestantes reclamavam de dois procedimentos do governador em rela��o ao movimento.

A primeira queixa era a de que Cabral forjou uma reuni�o no Pal�cio Guanabara (sede do governo) com l�deres do movimento. Os cinco convidados, segundo os l�deres do protesto, eram pessoas sem representatividade, que teriam sido infiltradas no movimento pelo governo estadual. Duas delas estiveram no protesto de ontem e foram expulsas ap�s serem ofendidas e amea�adas de agress�o.

A segunda queixa tratava da expuls�o, durante a madrugada de ter�a-feira passada, de 15 manifestantes que, havia 11 dias, acampavam na esquina do edif�cio do governador.

Ap�s o confronto, a PM informou que quatro policiais foram atingidos por pedregulhos e tiveram que ser hospitalizados. Os seis manifestantes presos, acusados de agredir os PMs, acabaram liberados durante a madrugada. Um deles foi flagrado com maconha segundo a pol�cia.

Mais cedo, uma equipe da TV Record foi encurralada por manifestantes mais exaltados, que foram agressivos com a rep�rter. Os jornalistas tiveram de deixar o local, com a ajuda de outros participantes do protesto, que fizeram um cord�o de isolamento.

O protesto foi organizado pela internet por um grupo que se intitula Anonymus Rio. Os ativistas previam reunir 10 mil pessoas, e na internet 9 mil confirmaram presen�a.