Dilma chega ao Uruguai e diz que manifesta��es t�m de ser respeitadas

Ao desembarcar em Montevid�u (Uruguai) na noite dessa quinta-feira, para a reuni�o de c�pula do Mercosul, a presidenta Dilma Rousseff fez um balan�o dos protestos promovidos em todo o pa�s. Segundo ela, “as manifesta��es t�m que ser respeitadas” porque reivindicar direitos sociais “e querer mais � algo muito positivo para a democracia”. A presidenta criticou, no entanto, as interrup��es de rodovias e os atos violentos que, em sua opini�o, precisam ser condenados e coibidos pelo governo.

“N�s contamos tamb�m com o Judici�rio, para multar aquelas organiza��es e aquelas entidades que paralisam estradas porque o direito de ir e vir � fundamental. � um direito democr�tico”, disse Dilma, em entrevista na porta do hotel em que est� hospedada. Para ela, o governo deveria acelerar as reformas para atender �s demandas da popula��o. “Precisamos de melhor servi�o no Brasil”. A presidenta lembrou que, nos �ltimos dez anos, o pa�s “avan�ou de forma expressiva”. Essas conquistas, disse, “vieram para ficar e n�o ser�o de nenhuma forma abaladas”. Cabe agora “aumentar os direitos sociais”.

O ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante – que acompanha a presidenta na viagem a Montevid�u – tamb�m criticou o bloqueio de estradas porque “prejudica a vidas das pessoas e n�o constr�i nada – n�o gera mais democracia, nem mais direitos sociais”. Ele disse que as manifesta��es precisam ser respeitadas, mas que os manifestantes tamb�m precisam respeitar os direitos dos outros. “Isso faz parte do amadurecimento e acho que est� cada vez mais s�lido”. Mercadante considera que os protestos est�o “mais moderados”. Segundo ele, o Brasil est� encerrando um ciclo.

Para o ministro, a infla��o vai cair. Ele voltou a defender destina��o de 75% dos recursos dos royalties do petr�leo e dos rendimentos do Fundo Social � educa��o e de 25% � sa�de. Mercadante lembrou a licita��o para o campo de Libra, na Bacia de Santos, em outubro. “� a maior licita��o da hist�ria da economia internacional do petr�leo. S�o entre 8 bilh�es e 12 bilh�es de barris. A estimativa � que Libras produza, em 35 anos, US$ 1 trilh�o aproximadamente. Usar essa riqueza para a educa��o � um grande avan�o”, completou.