O presidente da C�mara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), saiu hoje em defesa do coordenador do Grupo de Trabalho da Reforma Pol�tica, deputado petista C�ndido Vaccarezza (PT-SP). Ap�s o Diret�rio Nacional do PT endossar a nota da bancada na C�mara, que declarou que as opini�es de Vaccarezza "n�o expressam o pensamento nem da bancada na C�mara nem do PT", Alves disse ao Broadcast que n�o � mesmo fun��o do seu escolhido para comandar a reforma pol�tica representar as opini�es do PT. "Quem representa o pensamento e a diretriz do partido � o indicado pela bancada", rebateu o peemedebista.
Alves ressaltou que cabe a Vaccarezza organizar as tarefas do Grupo de Trabalho e que o coordenador precisa ter "�timo relacionamento com todos os partidos". Ele lembrou que, com a desist�ncia do petista Henrique Fontana (RS), seu substituto, Ricardo Berzoini (SP), deve assumir a fun��o natural de expressar as opini�es do PT. "O Berzoini agora dir� o que quer e como o PT quer a reforma. Simples", afirmou. O peemedebista enfatizou que os trabalhos deste comit� "n�o excluem qualquer outra iniciativa de plebiscito que, por outros caminhos, surgir".
Vaccarezza foi indicado por Alves, enquanto o PT insistia que Fontana assumisse o posto por ser o relator da �ltima proposta de reforma pol�tica em tramita��o na Casa. Com a perman�ncia de Vaccarezza, Fontana se recusou a integrar o grupo.
O petista preferiu colocar panos quentes na discuss�o em torno da sua indica��o, disse que vai ajudar na coleta de assinaturas para o decreto legislativo do plebiscito (proposta encampada pelo PT) e negou qualquer ressentimento no epis�dio.
"Para mim essa � p�gina virada, vou concentrar minhas energias para fazer a reforma pol�tica", respondeu Vaccarezza. O deputado anunciou que, na pr�xima quarta-feira (24), pretende lan�ar o portal da reforma pol�tica, onde os internautas poder�o enviar sugest�es aos parlamentares.
Na reuni�o do Diret�rio Nacional de ontem (20), os petistas rejeitaram uma mo��o contra o coordenador, apesar da press�o de parte do partido. Enquanto os caciques deliberavam, um grupo de militantes levou cartazes para a sede do partido pedindo a sa�da de Vaccarezza do grupo. "Sou um homem da pol�tica, trabalho com bom senso para contrapor os que n�o t�m bom senso", alfinetou.