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Estado de Minas

Consultores p�em em xeque modelo de pequena doa��o para campanha eleitoral

A Rede, partido que a ex-senadora Marina Silva trabalha para criar, discute a possibilidade de aceitar apenas doa��es de pessoas f�sicas


postado em 26/07/2013 07:43 / atualizado em 26/07/2013 07:59

S�o Paulo - Especialistas acreditam que dificilmente uma campanha eleitoral no Brasil, com a legisla��o em vig�ncia hoje, possa ser bancada �nica e exclusivamente com doa��es de pessoas f�sicas. A Rede, partido que a ex-senadora Marina Silva trabalha para criar, discute a possibilidade de aceitar somente esse tipo de recurso. O discurso adotado pelos “sonh�ticos” que acompanham a ex-senadora � conseguir estabelecer um modelo de financiamento de campanha em que muitas pessoas doem pouco. Atualmente, a l�gica � outra: pequeno n�mero de grupos empresariais doando grandes quantias.

Consultores de marketing pol�tico acham imposs�vel, portanto, que algu�m venha a repetir por aqui o sucesso do modelo adotado por Barack Obama, que em suas duas �ltimas campanhas � Presid�ncia dos EUA conseguiu arrecadar milh�es de d�lares pela internet. Para Marcelo Branco, ex-coordenador de m�dias sociais da campanha de Dilma Rousseff em 2010, esse tipo de doa��o s� vai ganhar import�ncia se a uma reforma pol�tica sair do papel. “Se grandes empresas n�o poderem mais doar, vai ajudar a valorizar essa a��o de financiamento coletivo, que � o t�pico financiamento da Internet, onde pequenas doa��es fazem grandes projetos”, afirma.

O consultor em marketing pol�tico e professor da USP Gaud�ncio Torquato aponta outro obst�culo: “N�s n�o temos uma cultura na �rea de doa��o pela internet. Apesar de termos uma massa bastante volumosa de internautas, esse tipo de doa��o ainda � visto com muita desconfian�a. Se ela (Marina) esperar por isso, vai morrer na praia.”

Para o especialista em marketing digital Gabriel Rossi, a rejei��o � classe pol�tica que resultou na onda de manifesta��es de junho pode dificultar ainda mais colocar em pr�tica esse tipo de arrecada��o. “Com esse div�rcio entre pol�tica e sociedade, fica muito dif�cil uma pessoa f�sica querer doar dinheiro.” Nesse cen�rio, no entanto, Rossi acredita que Marina pode ser a grande beneficiada, pois ela teria conseguido se afastar da imagem dos pol�ticos tradicionais. “Talvez ela seja hoje a figura que mais tenha tend�ncia de receber doa��o de pessoa f�sica”, afirma.

Doa��es

Militantes da Rede defenderam esta semana que o partido n�o receba doa��es de bancos e empreiteiras. O partido em gesta��o j� pro�be, em seu estatuto preliminar, recebimento de dinheiro de fabricantes de bebidas alco�licas, cigarros, armas e agrot�xicos. Marina disse que o debate vai ser aprofundado at� o ano que vem, mas admitiu a possibilidade de a Rede s� aceitar doa��es de pessoas f�sicas numa eventual campanha presidencial.

Em 2010, no entanto, a maior parte dos R$ 24,1 milh�es arrecadados por Marina vieram de pessoas jur�dicas. S� o vice na sua chapa, o empres�rio Guilherme Leal, da Natura, doou R$ 12 milh�es. Pela internet, a ex-ministra conseguiu arrecadar apenas R$ 170 mil de doa��es de pessoas f�sicas nos 58 dias em que um site ficou no ar.

Na �poca, o curto per�odo que se teve para conseguir levantar esses recursos foi apontado como um obst�culo para obter resultados mais efetivos. A compara��o foi feita com as campanhas nos Estados Unidos, que costumam ter dura��o de mais de um ano, enquanto as brasileiras consomem poucos meses.

Nas elei��es municipais do ano passado, a arrecada��o de doa��es pela internet n�o empolgou quem disputou o pleito. Em S�o Paulo, os dois principais candidatos - Fernando Haddad (PT) e Jos� Serra (PSDB) - abriram m�o de usar o recurso por avaliarem a rela��o “custo-benef�cio”.

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