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Estado de Minas

Dilma decide com Lula n�o reduzir n�mero de minist�rios

A decis�o aconteceu em Salvador, onde os dois participaram de encontro do diret�rio nacional do PT


postado em 26/07/2013 07:43 / atualizado em 26/07/2013 07:48

Bras�lia- A presidente Dilma Rousseff n�o cortar� nenhum dos 39 minist�rios nem pretende mexer no primeiro escal�o agora. Em conversa de tr�s horas com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, na quarta-feira, 24, Dilma mostrou preocupa��o com a queda de popularidade do governo, observada ap�s os protestos de junho, mas disse que n�o vai ceder, nesse momento, a press�es por mudan�as na equipe.

A portas fechadas houve muita reclama��o sobre o comportamento do aliado PMDB e tamb�m do PT. N�o foi s�: Dilma pediu ajuda a Lula para "enquadrar" o PT, que, no seu diagn�stico, n�o est� colaborando como deveria para defender o governo e o plebiscito da reforma pol�tica. Para a presidente, divis�es na seara petista e o coro do "Volta Lula" prejudicam a governabilidade.

Embora a �ltima pesquisa Ibope, feita por encomenda da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), tenha sido divulgada nesta quinta, 25, Dilma e Lula j� sabiam dos n�meros quando se reuniram, em Salvador, para analisar o cen�rio pol�tico. Apreensiva, a presidente chegou a perguntar a auxiliares qual seria a repercuss�o na m�dia da m� avalia��o do governo, em meio � visita do papa Francisco ao Brasil.

O levantamento do Ibope-CNI mostra que o porcentual dos que consideram o governo Dilma "�timo" ou bom" caiu de 55% para 31% em um per�odo de um m�s, ap�s as manifesta��es de rua. Al�m disso, a avalia��o pessoal da presidente despencou de 71% para 45% e metade dos entrevistados n�o confia nela.

Segundo a reportagem apurou, Dilma e Lula expressaram contrariedade n�o s� com o racha no PT, mas tamb�m com a atitude do presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que pregou o corte de minist�rios como solu��o para a crise pol�tica. A avalia��o reservada � a de que o PMDB quer "surfar" na onda dos protestos.

A proposta de Alves prev� o corte de 14 dos 39 minist�rios. Sem mencionar o n�mero de pastas que deveriam ser extintas e ressalvando que a decis�o � de Dilma, o vice-presidente Michel Temer considerou "razo�vel" a ideia de diminuir o tamanho da Esplanada.

Menos de uma semana depois, por�m, o senador Ricardo Ferra�o (PMDB-ES) afirmou que seu partido deveria entregar os cinco minist�rios que ocupa (Minas e Energia, Previd�ncia, Agricultura, Turismo e Secretaria da Avia��o Civil) para dar o exemplo. "H� uma grande desfa�atez de l�deres do PMDB, que exigem o enxugamento da m�quina, mas n�o abrem m�o de seus postos", criticou Ferra�o.

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse que o corte linear de cargos n�o � solu��o. "N�o � reduzindo minist�rio que se d� efici�ncia � m�quina p�blica. � preciso saber para que cada minist�rio foi constru�do e isso todos n�s sabemos. Quando criamos a Secretaria para Mulheres, por exemplo, � porque sab�amos que era preciso ter foco no que foi abandonado ao longo da hist�ria", argumentou ele.

Wagner e o presidente do PT, Rui Falc�o, participaram de uma parte da reuni�o entre Lula e Dilma. O ex-presidente contou como foi sua conversa, no fim de junho, com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), poss�vel advers�rio de Dilma na disputa de 2014. Na avalia��o de Lula, Campos s� n�o lan�ou ainda a candidatura ao Planalto para n�o ficar com uma "flecha" sobre sua cabe�a, sendo alvo de ataques.

Apesar das queixas recebidas nos �ltimos dias sobre problemas na articula��o pol�tica e na comunica��o do governo, Dilma avisou que n�o far� mudan�as sob press�o. Na pr�tica, ela n�o quer mostrar fragilidade num momento em que a pr�pria base aliada est� conflagrada. Lula apoiou a decis�o da presidente.

Em conversas reservadas, por�m, petistas pr�ximos a Lula dizem que Dilma "passou do prazo" para promover uma reforma ministerial. Agora, ela planeja trocas na equipe no fim do ano ou at� mesmo no in�cio de 2014, pouco antes do prazo estipulado pela Lei Eleitoral para quem for candidato deixar o Executivo.


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