
Duas das maiores empresas do setor mobili�rio apontaram suposto direcionamento do edital em favorecimento de uma concorrente. A associa��o de empresas do setor afirmou que o edital continha restri��es que impediriam a ampla concorr�ncia. A autarquia, que tamb�m licitou a compra de m�veis para outros �rg�os, disse que a pr�tica se justifica porque permite ao governo comprar por menores pre�os devido � economia de escala. � permitida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), desde que os demais adiram � licita��o antes que o edital seja divulgado.
Nessa ter�a-feira tamb�m, o TCE j� tinha determinado um prazo de 48h para que o Ipem explicasse as controv�rsias contidas na licita��o do instituto. O conselheiro Sidney Beraldo, do TCE, tinha feito quatro exig�ncias ao Ipem, que j� afirmou que iria se manifestar dentro do prazo estipulado pelo �rg�o fiscalizador.
O tribunal pediu que o instituto justifique suas aquisi��es, explique-se sobre as quantidades pretendidas na licita��o, informe quais s�o os outros concorrentes do contrato e que especifique o item 12 do edital, que despertou suspeitas de direcionamento. Nele, 80 diferentes tipos de objetos que ser�o adquiridos levam a seguinte inscri��o: “MESA GABINETE (linha Z) - 2.400 X 2.800 X 730 mm”. Os demais itens apenas levam a descri��o do objeto, como “divis�ria de mesa” e “mesa de reuni�o oval”, com as respectivas medidas.
O Ipem havia negado que a denomina��o “linha z” remeta a produtos de uma determinada empresa e afirmou que o uso da descri��o n�o impediu a participa��o de nenhum concorrente na licita��o. “Nenhum termo utilizado no item impediu ou direcionou a participa��o de qualquer empresa”, disse o instituto.
A posi��o do Ipem, divulgada em nota, refor�ou o que o superintendente do �rg�o, Alexandre Modonezi, tamb�m alegou. Ele disse que “o fato de constar Linha Z no edital � uma mera casualidade, pois como se usou ‘Z’, poderia ter sido exemplificado com ‘X’, ‘Y’... o que de forma alguma tem o prop�sito de direcionamento”, afirmou.
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