
Lula abrir� o "Encontro do Interior", que reunir� prefeitos, senadores, deputados e militantes do PT at� o este s�bado (10), em Bauru (SP). O ex-presidente pretende defender Padilha das cr�ticas recebidas de profissionais da sa�de por causa do "Mais M�dicos" e alfinetar os tucanos. "Voc� se meteu numa guerra", disse Lula a Padilha durante almo�o com ele, em S�o Paulo, no fim do m�s passado. Na conversa, ele prometeu incluir o programa nos discursos que faz pelo pa�s, uma estrat�gia tamb�m usada pela presidente Dilma Rousseff. "A causa � justa", afirmou Lula.
A candidatura de Padilha � sucess�o do governador Geraldo Alckmin foi definida em meados de junho, quando ele transferiu o domic�lio eleitoral de Santar�m, no Par�, para S�o Paulo. A ordem, por�m, era n�o falar publicamente sobre o assunto, para que o ministro n�o virasse alvo da oposi��o antes da hora.
O "acordo" come�ou a ruir quando o titular da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, disse, antes do an�ncio do Mais M�dicos, que o candidato em S�o Paulo seria Padilha. "Voc� me p�s na fogueira", brincou o ministro da Sa�de ao avistar Cardozo, na �poca tamb�m citado na lista dos pr�-candidatos do PT ao Pal�cio dos Bandeirantes.
O presidente do PT paulista, deputado Edinho Silva, avalia que a "�nica chance" de enfrentar a "m�quina do PSDB" � come�ar a mobiliza��o por Padilha com anteced�ncia. "N�o d� para o PT ficar paralisado por causa das tarefas do Minist�rio da Sa�de", afirmou Edinho. "N�s j� cometemos esse erro em 2010, quando lan�amos Mercadante em cima da hora", emendou o deputado, numa refer�ncia ao ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante, que na �poca perdeu a elei��o para Alckmin.
Na tentativa de seguir o script combinado com Dilma, Padilha desconversa sobre a candidatura. "O meu foco, agora, � aprovar o Mais M�dicos", diz ele. "Estou conversando com deputados, senadores e vou cumprir muitas agendas nos Estados." Lan�ado no m�s passado para dar uma "marca" � sa�de, antes do an�ncio da entrada de Padilha no p�reo, o Mais M�dicos tem provocado fortes resist�ncias da categoria, mas o governo acredita que a situa��o ser� revertida em breve. "Com o Prouni aconteceu a mesma coisa", lembrou o ministro, em alus�o ao programa Universidade Para Todos, que oferece bolsas de estudos a estudantes carentes.
.