A eclos�o de suspeitas envolvendo o governo federal petista, no caso da Petrobr�s, e o governo paulista tucano, no caso do Metr�, desengavetou a antiga guerra fria das CPIs travada por governistas e oposicionistas no Congresso. Um amea�a o outro com comiss�es de inqu�rito, mas ambos sabem que a chance real de elas serem instaladas, pelo menos neste momento, � m�nima.
“� a forma que temos de instalar imediatamente a CPI, sem esperar por vagas na C�mara”, disse o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), lembrando da longa fila de comiss�es de inqu�rito que aguardam a sua vez na Casa.
J� os oposicionistas querem investigar as acusa��es do lobista Jo�o Augusto Rezende Henriques feitas � revista �poca. Ele afirmou que o setor internacional da estatal de petr�leo montou um esquema a fim desviar dinheiro para campanhas eleitorais, incluindo a da presidente Dilma Rousseff em 2010.
Nos dois casos, as chances de o discurso virar pr�tica � baixa porque, no caso do PT, n�o h� apoio dos partidos da base, e no caso do PSDB, apesar do apoio de alguns governistas, o n�mero de parceiros � insuficiente, al�m de haver barreiras regimentais.
Resta, assim, o discurso de plen�rio. “Se essas den�ncias (da �poca) forem confirmadas, o mensal�o est� mais presente do que nunca na administra��o federal, como consequ�ncia deste sistema prom�scuo instalado em Bras�lia h� 12 anos, com o objetivo de cooptar for�as pol�ticas, especialmente partidos, para consolidar uma ampla base de apoio ao Governo do PT”, disse senador tucano �lvaro Dias (PR) ontem, 12, na tribuna.
A oposi��o fala em aproveitar uma CPI j� protocolada que tinha como alvo a compra de uma refinaria nos EUA em 2006. O autor do pedido de investiga��o foi o deputado Leonardo Quint�o (MG), do PMDB do vice-presidente Michel Temer.
O pedido est� parado pois ocupa a 23.ª posi��o na fila das CPIs da C�mara. S� cinco podem funcionar simultaneamente e as vagas j� est�o ocupadas.