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Estado de Minas

Ju�za concede liminar suspendendo CPI dos �nibus


postado em 22/08/2013 20:32

No fim da tarde desta quinta-feira, ap�s uma sess�o tumultuada que terminou em pancadaria do lado de fora da C�mara Municipal do Rio, a ju�za Roseli Nalin, da 5ª Vara de Fazenda P�blica, concedeu liminar suspendendo a instala��o da CPI dos �nibus na Casa. O pedido de suspens�o havia sido feito por vereadores da oposi��o que questionam a proporcionalidade da composi��o da CPI cujos presidente e relator s�o peemedebistas da bancada governista e n�o haviam assinado o requerimento para abertura da investiga��o.

O presidente da C�mara, Jorge Felippe (PMDB), foi intimado a manifestar-se em at� 48 horas. O vereador Eliomar Coelho (PSOL), autor do pedido de abertura da comiss�o, comemorou a decis�o. "N�o vemos legitimidade na sess�o com a atual composi��o", declarou. Al�m de Eliomar, s�o autores da a��o os vereadores Paulo Pinheiro, Renato Cinco e Jefferson Moura, do PSOL, Teresa Bergher (PSDB) e Reimont (PT). Para eles, a composi��o atual "afronta o direito de participa��o das minorias". A primeira audi�ncia p�blica da CPI dos �nibus foi marcada por tumulto e agress�es entre opositores e apoiadores da atual composi��o. O vereador Chiquinho Braz�o (PMDB), que presidia a sess�o, referiu-se aos manifestantes que ocupavam as galerias como "cidad�es (sic)" e quase foi atingido por um t�nis atirado por um deles. As duas galerias ficaram divididas entre grupos pr� e contra a atual composi��o da CPI.

A sess�o teve in�cio �s 10 horas, mas bem antes havia uma fila de pessoas esperando para entrar. Senhas eram distribu�das por policiais. Do lado de fora, um grupo fez uma "desbaratiza��o", usando dedetizadores de purpurina e um borrifador, em refer�ncia ao empres�rio Jacob Barata Filho, conhecido como "Rei dos �nibus" no Rio. A PM cercou a entrada do Pal�cio Pedro Ernesto, bloqueando todos os acessos � rua Alcindo Guanabara.

Cerca de cem pessoas assistiram � sess�o no plen�rio. Na galeria do lado direito, ficaram manifestantes que se op�em � composi��o da CPI. Eles usavam m�scaras de Braz�o e do relator, U�ston (PMDB), exibiam baratas gigantes e gritavam frases como "Braz�o, eu n�o me engano, seu cora��o � miliciano". Na galeria oposta, o grupo de apoiadores de Braz�o ostentava uma faixa com a frase "Deixa a CPI trabalhar". Acusados de serem milicianos e de terem recebido dinheiro, chamavam os opositores de "maconheiros" e "v�ndalos". Em v�rios momentos houve tumulto quando parte do grupo "pr�-Braz�o" tentou gredir manifestantes. "Um cara veio tirar fotos da gente; eu n�o queria, ent�o fui l� brigar mesmo", afirmou um rapaz que se identificou como Ricardo dos Santos. Dois rep�rteres da GloboNews foram agredidos pelo grupo pr�-Braz�o.

Com e gritos de protesto e vaias do in�cio ao fim, era praticamente imposs�vel ouvir o que diziam os participantes da CPI. A sess�o foi interrompida quando o t�nis foi lan�ado por uma mulher - ela foi levada para fora da C�mara por seguran�as. Os opositores tamb�m ficaram de costas para o plen�rio por cerca de cinco minutos, gritando "n�o, n�o, n�o me representa". Um dos ouvidos na sess�o, o secret�rio municipal de Transportes, Carlos Os�rio, foi vaiado e teve sua fala marcada por gritos de "� mentira". Ele afirmou que, apesar de o transporte no Rio n�o ser bom o suficiente, foi a cidade que teve mais investimentos nesse setor no Brasil e, lendo as respostas, enalteceu os projetos do prefeito Eduardo Paes (PMDB). Em entrevista ap�s a sess�o, os vereadores de oposi��o acusaram o secret�rio de ter tido acesso �s perguntas previamente. "Ele foi muito articulado, j� tinha as respostas prontas." Integrantes da CPI n�o anotaram nada e n�o houve r�plica.

Sobre a possibilidade de os apoiadores serem milicianos, Eliomar Coelho afirmou que n�o pode caracterizar as pessoas com base em pr�-julgamentos. "Mas a atua��o deles � semelhante � de alguns nesta casa que agem de forma intimidat�ria", disse, lembrando que h� envolvimento de parlamentares com a mil�cia. O chefe da seguran�a da C�mara, coronel Marcos Paes, disse que conhecia o homem que tentou agredi-lo na entrada lateral e afirmou que ele "� do Jacarezinho e pode ser miliciano". O desentendimento foi motivado porque o homem queria pegar uma senha sem entrar na fila.


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