Bras�lia – O advogado do senador boliviano Roger Pinto Molina, Fernando Tib�rcio Pe�a, disse ter sido surpreendido com a decis�o do Minist�rio das Rela��es Exteriores de abrir inqu�rito e tomar medidas administrativas para investigar a sa�da do parlamentar da embaixada brasileira em La Paz, depois de 455 dias. Para o advogado, a situa��o de Pinto Molina � de “asilado diplom�tico, nem refugiado nem foragido”.
Tib�rcio disse que Pinto Molina sofre com um c�lculo renal e a separa��o da fam�lia, que desde o ano passado est� em Bras�lia. Durante a viagem, de 21 horas e meia de carro, de La Paz, passando por Cochabamba, Santa Cruz de La Sierra, Puerto Su�rez at� chegar a Corumb�, o parlamentar pediu para o carro parar por duas vezes, porque teve n�useas e mal-estar.
“O senador foi atendido por um m�dico em Corumb� e depois seguiu de avi�o at� Bras�lia. Ele est� bastante debilitado com essa situa��o toda, mas muito confiante nos dias que vir�o”, ressaltou o advogado. “O senador se submeteu a todas as regras, impostas pelo governo brasileiro, inclusive ao procedimentos da Pol�cia Federal para entrar no pa�s.”
Pinto Molina dever� conceder entrevista neste ter�a-feira, �s 15h, na Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado. Mas, nesse domingo, ele conversou com exclusividade com a Ag�ncia Brasil. Na entrevista, agradeceu o apoio da presidenta Dilma Rousseff e da sociedade brasileira.
Em nota, o Itamaraty disse ter sido informado apenas no �ltimo s�bado (24) sobre o ingresso do senador em territ�rio brasileiro. No comunicado, o minist�rio informou que est� “reunindo elementos acerca das circunst�ncias em que se verificou a sa�da “ do parlamentar da Bol�via.
Segundo o texto, o encarregado de Neg�cios do Brasil em La Paz, ministro Eduardo Saboia, foi chamado a Bras�lia para esclarecimentos. “O Minist�rio das Rela��es Exteriores abrir� inqu�rito e tomar� as medidas administrativas e disciplinares cab�veis”, encerra a nota.
Pinto Molina, de 53 anos, ficou abrigado na Embaixada do Brasil na Bol�via desde maio de 2012. Ele pediu asilo ao pa�s por se considerar um perseguido pol�tico pelo governo do presidente Evo Morales. O senador negou as acusa��es de envolvimento em desvios de recursos e corrup��o. Segundo ele, a persegui��o � “pol�tica e n�o da Justi�a” da Bol�via.